Record inicia desmonte do seu elenco após entregar novelas para Universal
Nomes como Adriana Garambone, Beth Goulart e Fernando Pavão deixam a emissora
Publicado em 16/12/2022 às 11:05,
atualizado em 16/12/2022 às 11:26
A Record deu início ao desmonte de seu elenco após entregar a produção de novelas para a Igreja Universal do Reino de Deus. Vários profissionais envolvidos no núcleo de teledramaturgia, incluindo atores renomados, serão dispensados. Os cortes já estão sendo feitos desde o início desta semana e devem seguir nos próximos dias.
O NaTelinha antecipou na quarta-feira (14) que a Record passaria sua faixa de novelas no horário nobre para a igreja de Edir Macedo. O projeto é uma operação financeira que tenta colocar a emissora no azul em seu balancete fiscal de 2023. A partir de janeiro, a IURD irá produzir as tramas do canal, como Reis.
Assim, a emissora deixará de ser produtora e vira apenas exibidora, comprando as novelas da Igreja Universal. Na prática, serão poucas mudanças. Atualmente, as novelas vinham sendo encomendadas à produtora Casablanca.
Alguns nomes já foram cortados do elenco da Record, de acordo com a colunista Patricia Kogut, do jornal O Globo. Entre eles, estão Adriana Garambone e Fernando Pavão, que estiveram em sucessos recentes do canal. Veteranos também serão demitidos, entre eles Beth Goulart, Emilio Orciollo Netto e Giuseppe Oristânio.
Record “entrega” as novelas para fechar as contas no azul
A “entrega” das novelas para a Igreja Universal tem um objetivo meramente financeiro. Como parte das empresas de propriedade de Edir Macedo, a Record precisa fechar no azul e o grupo já tentou vários modelos de negócios diferentes para dar certo, inclusive a inclusão dos dividendos de um banco no balanço fiscal de anos anteriores.
O NaTelinha já havia revelado que vários estudos estavam sendo feitos por conta da crise que a emissora enfrenta, inclusive a possibilidade de se abandonar as novelas bíblicas, já que elas não se pagam e são inviáveis do ponto de vista comercial. Entretanto, por se tratar de um modelo estratégico para evangelização, a decisão foi por mantê-las, apesar do prejuízo.
Procurada pela reportagem ao longo da semana, a Record não se posicionou.