Deu ruim

Gloria Perez relembra confusão com Sheik e mudança de país por culpa de atriz

Autora passou por maus bocados na novela


Gloria Perez sorrindo
Gloria Perez relembra perrengues em O Clone - Foto: Divulgação
Por Redação NT

Publicado em 07/10/2021 às 11:10,
atualizado em 07/10/2021 às 11:20

Atualmente em cartaz no Vale a Pena Ver de Novo, O Clone (2001-02) deu confusão antes mesmo de começar. E segundo a autora Gloria Perez, culpa de Eliane Giardini, que deu uma entrevista comprometendo os planos da história. A trama se passaria no Egito, mas tudo mudou depois que ela manifestou o desejo de que O Clone servisse também para falar de mulheres e libertação.

"Bom, fomos proibidos de gravar no Cairo. Por isso nós fomos para o Marrocos, e foi uma experiência muito interessante", relembra a autora numa entrevista ao Podcast Novela das 9, do GShow.

Falando sobre a cultura muçulmana, após as gravações se iniciarem, ela contou com o apoio do Sheik Jihad, consultor da obra, mas um dia as coisas quase foram por água abaixo. "Eu cheguei na produção e o Sheik Jihad estava chorando", recorda.

"Ele olhou pra mim e disse: 'Você quer nos destruir!'. Eu fiquei arrasada com aquilo e falei: 'Sheik, eu estou fazendo tudo com todo o cuidado, carinho, dedicação'. Aí ele me mostra uma cena onde o Tio Ali (Stênio Garcia) dizia pra Jade: 'O Livro Sagrado diz...' e ele balança o livro. Acontece que o livro que o Sheik tinha nos dado era em árabe", frisou.

Aí se instalou a confusão. "E o Alcorão em árabe é Deus encadernado, você não pode sacudi-lo. Você pode sacudir o Alcorão em qualquer tradução, mas em árabe não pode. É Deus encadernado. E aí imediatamente foi substituído aquele Alcorão e posto outro, e o Sheik entendeu que não houve ofensa nenhuma, que foi uma coisa de absoluta ignorância disso", relatou.

A volta de O Clone

A história de Lucas (Murilo Benício) e Jade (Giovanna Antonelli) tem como pano de fundo a evolução da ciência e o conservadorismo da religião, colocando em lados opostos o trabalho de clonagem e as tradições da cultura mulçumana.

Jade foi a primeira protagonista de Antonelli, que havia acabado de ganhar destaque por conta de seu papel em Laços de Família no ano anterior. À época, muita gente questionou se pegaria bem a atriz que ainda estava vinculada com sua Capitu, uma prostituta na novela de Maneco, ser a mocinha do horário nobre em pouco tempo.

Mesmo assim, Glória a escolheu e ela foi um sucesso juntamente com o restante da trama que contou ainda com Murilo Benício interpretando três papéis, entre eles o de um clone. Com o tema controverso, a produção caiu na boca do povo e popularizou danças e bordões.

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