Diretor de realities da Record TV aponta seus desafios em "A Fazenda", "Dancing Brasil" e "A Casa"
Série de reportagens entrevista diretores que se destacaram neste ano
Publicado em 29/12/2017 às 07:30
Quando o SBT estreou a "Casa dos Artistas", em 2001, Rodrigo Carelli foi o primeiro profissional a dirigir um reality show no Brasil. Hoje, 16 anos depois, se tornou o principal nome dentro da Record TV quando o assunto é a produção do gênero.
Em entrevista exclusiva ao NaTelinha, dando andamento à série de reportagens com diretores que se destacaram em 2017, ele revela que como espectador curte mais realities de competição como o "Masterchef", mas também por interesse profissional, assiste mais os de confinamento.
Além disso, fez um balanço das atrações que esteve à frente neste ano que vai chegando ao fim: "cada um tem um desafio diferente. O 'Dancing Brasil' exige uma carga de criatividade artística que é bem desafiadora. 'A Casa' era um formato novo com dificuldades inéditas em um reality de confinamento. E tivemos o desafio de fazer uma 'Fazenda' num novo local e ainda com ex-participantes de vários realities".
Com estreia prevista para o dia 17 de janeiro, em novo dia, quarta-feira, a terceira temporada de "Dancing Brasil", segundo o diretor do núcleo de realities shows da Record TV, terá uma abertura surpreendente, e salienta que teve total liberdade da BBC para que adaptasse a versão brasileira do "Dancing with the Stars". "Houve uma grande disposição", explica.
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Confira a entrevista na íntegra:
Fazendo um balanço de 2017, qual foi o reality que ficou sob sua direção na Record TV que mais lhe desafiou? Por quê?
Rodrigo Carelli - Cada um tem um desafio diferente. O "Dancing Brasil" exige uma carga de criatividade artística que é bem desafiadora. "A Casa" era um formato novo com dificuldades inéditas em um reality de confinamento. E tivemos o desafio de fazer uma "Fazenda" num novo local e ainda com ex-participantes de vários realities.
Este ano você passou a ser diretor de núcleo de realities da Record TV. Existe algum formato estrangeiro que você gostaria de produzir no país?
Rodrigo Carelli - Existem vários. Acho que há espaço para mais realities de competição, que não envolvam o confinamento, como o "Dancing" e o "Batalha dos Confeiteiros". Apesar de os de confinamento ainda serem muito eficazes em atrair público.
Na sua opinião, o que precisa ser feito para que o Brasil seja também criador e não só comprador de formatos de realities?
Rodrigo Carelli - Estamos trabalhando nisso e sempre discutindo a criação de formatos in-house na Record. Mas o fato de já terem sido testados e aprimorados faz com que os formatos estrangeiros sejam mais atraentes e certeiros.
Você configurou o "Dancing with the Stars" para o telespectador brasileiro. O que você gostaria de ter modificado na atração mas que o formato não permite?
Rodrigo Carelli - Houve uma grande disposição da BBC de deixar que adaptássemos a nossa versão.
Uma nova edição de "Nova Chance" em "A Fazenda" pode acontecer em 2018?
Rodrigo Carelli - A princípio não.
Falando em concorrência, entre os realities "Big Brother Brasil" e "MasterChef", quais deles mais lhe agrada como telespectador? Por quê?
Rodrigo Carelli - Como o reality de confinamento exige muito de nós da equipe durante a exibição, como espectador eu curto mais realities de competição como o "Masterchef". Mas assisto os de confinamento também por interesse profissional.
As duas aberturas do "Dancing Brasil" chamaram muito atenção pela qualidade. Para a terceira edição em 2018, já tem algo em mente? O tema musical continua?
Rodrigo Carelli - O tema será o mesmo com um novo arranjo. Faremos uma vinheta toda em externa que será surpreendente.
Na sua opinião, dentro do formato, como o apresentador de realities pode deixar sua identidade no comando do programa? Existem espaços para improvisos?
Rodrigo Carelli - Há muitas regras que são muito acompanhadas e cobradas pelos participantes e, principalmente, pelo público. Por isso o apresentador precisa equilibrar a sua marca com todas as informações que o formato exige.
Diferente de 2017, "A Casa" será exibida diariamente na programação. Com um maior tempo de arte, o que deve mudar na edição?
Rodrigo Carelli - Faremos "A Casa" e o "Power Couple" de forma simultânea, como já fazemos com "A Fazenda". Irá ao ar hoje o que acontecer nas últimas 24 horas. Isso exige um processo de edição bem diferente e dinâmico, além de termos programas ao vivo com participação do público em decisões do jogo.