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Não foi só William Waack. Outros apresentadores se envolveram em polêmicas

Preconceito, racismo e comentários considerados inapropriados renderam problemas para apresentadores


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Divulgação

Na última quarta-feira (8), William Waack, até então apresentador do “Jornal da Globo”, foi afastado de suas funções na emissora por causa de um vídeo vazados nas redes sociais no qual o jornalista supostamente faz uma declaração racista.

O fato ocorreu na época das últimas eleições nos Estados Unidos. Nas imagens, Waack está se preparando para uma transmissão à frente da Casa Branca quando ouve um forte barulho de buzina nas imediações.

Na mesma hora, o jornalista diz que “é coisa de preto”, apesar de a gravação apresentar problemas técnicos no áudio, dando a possibilidade da dúvida. Mas diante da enorme repercussão, a Globo optou por afastá-lo de suas funções até apurar os fatos.

Esta não foi a primeira vez que um caso motivado por comentários inapropriados acarretaram em afastamento, advertência e demissão de profissionais da TV, tanto daqui quanto de outros países.

Só este ano, a televisão brasileira teve mais três casos além do com Willian Waack. A seguir, destacamos mais sete fatos também ocasionados por declarações e comportamentos considerados preconceituosos.

Confira:

Luiz Carlos Prates, Grupo RBS

Não foi só William Waack. Outros apresentadores se envolveram em polêmicas

Em 2010, Luiz Carlos Prestes foi demitido da RBS, afiliada à TV Globo, por causa de um comentário polêmico que vazou em rede nacional. Na ocasião, o jornalista disse: “Hoje em dia qualquer miserável tem carro". Mesmo com sua colocação soando de forma preconceituosa, o jornalista se defendeu acusando a Record TV de ter se aproveitado da constante briga pela audiência que tem com a Globo de ter colocado o seu vídeo em Rede Nacional. Luiz Carlos Prestes trabalhou por 32 anos no grupo, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Após sua saída, o comentarista foi contratado pelo SBT Rio Grande do Sul.

Rafinha Bastos, Band

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Em 2011, Rafinha Bastos foi afastado do “CQC”, na Band, após fazer piada com Wanessa Camargo, que estava grávida na época. Na edição do programa, o apresentador Marcelo Tas elogiou a beleza da cantora após a exibição de uma matéria. Em seguida, Rafinha Bastos disse: “Comeria ela e o bebê”. Alvo de críticas por parte de várias celebridades, inclusive de Marco Luque, seu colega de bancada, o humorista foi afastado do programa pela emissora e processado pela cantora.

Donald Trump, “O Aprendiz”

Não foi só William Waack. Outros apresentadores se envolveram em polêmicas

O atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi quem criou a famosa frase: “Você está demitido!”, usada no reality show “O Aprendiz”, da NBC. Ironicamente, o empresário foi excluído da atração pela própria emissora em 2015, sob a acusação de ofensa e comentários preconceituosos contra mexicanos durante seu discurso de pré-candidatura à presidência. “Quando o México manda seu povo [para os EUA], manda pessoas que têm um monte de problemas e trazem esses problemas para nós. Eles trazem as drogas, trazem o crime, são estupradores”, disse.

Rodner Figueroa, TV Univisión

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Em 2015, Rodner Figueroa foi demitido da TV hispânica Univisión, após 17 anos trabalhando na emissora, acusado de racista. Na ocasião, o apresentador estava entrevistando um maquiador famoso, capaz de se transformar em celebridades. O programa era ao vivo e quando Figueroa foi comentar a transformação do entrevistado em Michelle Obama, disse, ao vivo, com a foto da então primeira-dama nas mãos: “Você sabe que Michelle Obama parece ser parte do elenco de Planeta dos Macacos”.

Marcão do Povo, Record Brasília

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No início deste ano, durante a exibição do programa “Balanço Geral DF”, Marcão Chumbo Grosso, hoje do Povo, chamou Ludmilla de “pobre macaco” no ar. A declaração aconteceu durante uma crítica à cantora que, supostamente, se negou a tirar fotos com os fãs. “É uma coisa que não dá para entender. Era pobre e macaca. Mas pobre mesmo”, disse. A fala gerou enorme repercussão, a própria artista o denunciou através das redes sociais e o apresentador acabou sendo demitido pela emissora. Marcão se defendeu na época afirmando que "pobre macaco" é uma expressão do Tocantins, onde foi deputado estadual, que quer dizer que a pessoa era "muito pobre". Não adiantou. Pouco depois, foi contratado por Silvio Santos e hoje trabalha no SBT.

Alê Oliveira, ESPN

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Em julho deste ano, uma maquiadora da ESPN acusou Alê Oliveira, comentarista do programa “Bate-Bola”, de racista. De acordo com a denúncia, ele teria chamado a funcionária de “preta de m...”. O caso foi levado para a direção da emissora, que confirmou um desentendimento entre o comentarista e a maquiadora, mas sem racismo. Em um primeiro momento, os horários dos profissionais foram trocados. Passado alguns dias, a ESPN  divulgou uma nota informando que entrou em acordo com Alê Oliveira e ele já não fazia mais parte do quadro de funcionários da casa. O comentarista negou que tenha sido racista com a colega e hoje trabalha no Esporte Interativo.

Raul Gil, SBT

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Em julho deste ano, Raul Gil foi acusado de fazer declarações racistas contra asiáticos em seu programa, no SBT. Na ocasião, o apresentador recebeu dois grupos. O primeiro formado por crianças com descendências asiáticas. Quando indagados se vinham de família coreana ou japonesa, três deles responderam, mas o quarto ficou calado. Nesta hora, Raul Gil disse que ele deveria “abrir o olho” imitando sotaque japonês. O segundo era formada por integrantes da banda sul-coreana K.A.R.D, de K-Pop. Durante a entrevista, o apresentador fez piada com a tradutora, perguntou se eles eram irmãos e, mais uma vez, tentou imitar o sotaque. O assunto foi parar nas redes sociais e os internautas do Brasil e da Coreia do Sul criticaram as atitudes do apresentador, que acabou se desculpando publicamente e dizendo que adora os asiáticos.

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