Bastidores de X-Men: Apocalipse: Acusação de violência contra a mulher e reclamação de J-Law
O filme foi a escolha da Globo para o Campeões de Bilheteria deste domingo (11)
Publicado em 11/12/2022 às 12:06
Na tarde deste domingo (11), a Globo exibirá o filme X-Men: Apocalipse na faixa Campeões de Bilheteria. Lançado em 2016, o longa é o nono da história homônima da Marvel e conta com nomes como James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Oscar Isaac e Sophie Turner. A produção, porém, foi alvo de polêmicas desde o período em que ainda estava sendo divulgada, como quando um de seus cartazes foi acusado de incitar a violência contra as mulheres.
No filme, En Sabah Nur (Oscar Isaac), também conhecido como Apocalipse, é o mutante original. Após milhares de anos, ele volta à vida disposto a garantir sua supremacia e acabar com a humanidade. Para isso, seleciona quatro cavaleiros nas figuras de Magneto (Michael Fassbender), Psylocke (Olivia Munn), Anjo (Ben Hardy) e Tempestade (Alexandra Shipp). Do outro lado, o professor Charles Xavier (James McAvoy) conta com uma série de novos alunos, como Jean Grey (Sophie Turner), Ciclope (Tye Sheridan) e (Noturno Kodi Smit-McPhee), além de caras conhecidas, a exemplo de Mística (Jennifer Lawrence), Fera (Nicholas Hoult) e Mercúrio (Evan Peters), para tentar impedir o vilão.
No auge da carreira, Lawrence foi o destaque do primeiro trailer do longa, mas também protagonizou uma das polêmicas envolvendo a produção. A prévia já adiantou que a atriz apareceria "de cara limpa" na maior parte de suas cenas e esse foi um pedido da própria estrela, que assumiu ter partido dela o desejo de usar menos maquiagem durante as gravações. Ao longo dos anos, a loira nunca escondeu que se sentia incomodada pelo longo processo de caracterização de sua personagem.
"Eu ficarei azul, um pouco. Eu tentei o máximo que pude, mas a equipe foi bem legal comigo", destacou ela, antes da estreia, mencionando a cor da pele da mutante. A estrela também confessou que nunca conseguiu convencer seu sobrinho de que ela era uma X-Men de verdade, já que o menino não gostava dos personagens do cinema. "Quando eu estava no telefone discutindo o filme com o produtor, ele fez um 'blargh' assim que ouviu a palavra X-Men", lembrou ela, em participação no The Tonight Show Starring Jimmy Fallon.
Se J-Law elogiou a equipe do filme, Olivia Munn fez o contrário, mas se referindo ao diretor, Bryan Singer. Em entrevista à Variety, a intérprete de Psylocke admitiu que achou estranho o afastamento do chefão dos sets de gravação, após ele dizer que tinha um problema na tireoide: "Em vez de ir a um médico em Montreal, que é uma cidade de alto nível, ele disse que tinha que ir para Los Angeles. E ele se foi por cerca de 10 dias na minha lembrança. E ele disse: 'Continue. Continue filmando'. Estaríamos no set, eu me lembro de uma grande cena que teríamos, e voltávamos do almoço e então um dos assistentes de Bryan aparecia e nos mostrava um telefone celular com uma mensagem de texto".
Se tratando da arrecadação em bilheteria, X-Men: Apocalipse faturou US$ 155,44 milhões nos Estados Unidos, valor que está abaixo do orçamento do filme, de US$ 178 milhões. Em escala mundial, o longa arrecadou US$ 543,9 milhões.
Cartaz de divulgação de X-Men: Apocalipse causou polêmica
Antes mesmo de estrear, X-Men: Apocalipse repercutiu negativamente. Isso porque, em um dos cartazes de divulgação do filme, o vilão Apocalipse aparece estrangulando Mística, com a legenda "só os fortes sobreviverão". A arte foi detonada e acusada de incitar a violência contra as mulheres.
"Há um grande problema quando os homens e as mulheres da 20th Century Fox acreditam que a violência habitual contra a mulher é uma forma de promover um filme. Não existe nenhum contexto nesta propaganda, apenas uma mulher sendo estrangulada. O fato de ninguém ter sinalizado isso é ofensivo e, honestamente, idiota", disse a atriz Rose McGowan, conhecida por séries como Once Upon a Time, ao The Hollywood Reporter.
As críticas fizeram com que a Fox se desculpasse publicamente: "No nosso entusiasmo para mostrar a vilania do Apocalipse, sequer reconhecemos naquele momento a conotação perturbadora desta imagem durante o processo de impressão. Uma vez que percebemos como essa imagem pode ser insensível, nós rapidamente tomamos as medidas necessárias para remover esses materiais. Pedimos desculpas por nossas ações. Nunca iríamos perdoar a violência contra as mulheres".