Após fiasco, Globo não comercializa O Sétimo Guardião internacionalmente
O Sétimo Guardião chegou ao fim em 2019 envolvida em polêmicas nos bastidores e também em direitos autorais
Publicado em 01/02/2020 às 08:23
Produção que se viu envolvida em polêmicas de direitos autorais e rodeada por escândalos nos bastidores, O Sétimo Guardião foi preterida pela Globo no mercado internacional.
A primeira feira de TV realizada em 2020 foi a NATPE, entre os dias 19 e 21 de janeiro. A Globo levou suas principais produções do ano passado, tais como Bom Sucesso, A Dona do Pedaço, Órfãos da Terra, Ilha de Ferro, dentre outras, mas não cogitou comercializar o folhetim escrito por Aguinaldo Silva.
A resposta para isso é óbvia. A novela foi um fracasso e obteve uma média geral de 28,8 pontos, 4 a menos que sua antecessora, Segundo Sol, que anotou 33,4.
Não só isso, mas pesou também toda a polêmica sobre os direitos autorais da trama. No dia 02 de janeiro, a Globo anunciou que não renovaria o vínculo com o veterano novelista, que deixa a emissora após 40 anos.
Vale lembrar, no entanto, que a obra é exibida pela Globo Internacional em Portugal, por exemplo. O que a emissora não está fazendo é "empacotá-la" e vendê-la, gerando mais dinheiro ao Grupo.
Público não comprou a ideia
O Sétimo Guardião foi duramente criticada por escalar um casal sem química (Marina Ruy Barbosa e Bruno Gagliasso) e ter uma história central que não fazia sentido, como manter a fonte de água com poderes especiais em segredo ou porque os líderes da irmandade não podiam ter relacionamentos amorosos. O público não comprou a ideia e a falta de justificativa para essas e outras questões.
O NaTelinha apurou ainda que não há a menor chance da novela ser exportada internacionalmente. A Globo tem como grande fonte de receita justamente a venda de suas telenovelas. A Dona do Pedaço, por exemplo, sua sucessora, já foi vendida a dezenas de países e foi um sucesso na NATPE realizada há duas semanas.
Procurada, a Globo diz que a seleção de produtos que oferece em seu catálogo internacional obedece a critérios de negócios, necessidades do mercado e à adaptação dos títulos em outras línguas.
Ainda de acordo com o canal carioca, esse conjunto precisa fazer sentido para a composição de oferta para oferecer conteúdo, e é isso que define quando cada obra chega ao mercado internacional.