E agora?

Bolsonaro critica Ancine: "Não posso financiar filmes como Bruna Surfistinha"

Presidente quer transferir Agência para Brasília


Deborah Secco caracterizada de Bruna Surfistinha e Jair Bolsonaro sério
Filme "Bruna Surfistinha" foi protagonizado pela atriz Deborah Secco

Em comemoração aos 200 dias de governo, evento ocorrido na última quinta-feira (18), o presidente Jair Bolsonaro anunciou a transferência do CSC - Conselho Superior de Cinema -, que deixou de pertencer ao organograma do Ministério da Cidadania e ganhou espaço na Casa Civil, chefiada por Paulo Guedes.

Além deste movimento, Bolsonaro anunciou que está cogitando transferir a sede da Ancine - Agência Nacional do Cinema - atualmente no Rio de Janeiro, para a capital Brasília. Durante o anúncio, o presidente explicou sua motivação e criticou a forma como o órgão vinha financiando os filmes brasileiros.

"Agora há pouco, o Osmar Terra (ministro da Cidadania) e eu fomos para um canto e nos acertamos. Não posso admitir que, com dinheiro público, se façam filmes como o da Bruna Surfistinha. Não dá", cravou o presidente se referindo ao filme que foi exibido em 2011 e acompanha a história de uma das garotas de programa mais conhecidas do Brasil.

O presidente já vinha criticando a Ancine desde sua época de pré-candidato e, durante as eleições de 2018 fez questão de tecer diversas avaliações negativas aos projetos aprovados pela Agência.

Vale lembrar, no entanto, que a Ancine não libera dinheiro público para a produção audiovisual no Brasil; ela autoriza a captação de recursos por meio de empresas privadas que podem abater o investimento de impostos.

O filme "Bruna Surfistinha" voltou à tona recentemente, não por conta da frase de Bolsonaro, mas porque a protagonista do longa, a atriz Deborah Secco, comentou que chegou a tirar dinheiro do próprio bolso para garantir que a produção fosse concluída.

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