Sikêra Jr terá de indenizar Xuxa, mas Justiça derruba valor
TJSP decide por parecer favorável à apresentadora após ser agredida por comunicador do Alerta Nacional
Publicado em 17/11/2022 às 17:19,
atualizado em 17/11/2022 às 17:19
Sikêra Jr e a RedeTV!, transmissora de seu programa Alerta Nacional, foram condenados a pagar indenização para Xuxa Meneghel. Segundo decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, o valor devido à apresentadora foi reduzido de R$ 300 mil para R$ 50 mil por causa dos danos morais causados à eterna Rainha dos Baixinhos.
O processo foi instaurado após Sikêra Jr ter ofendido Xuxa durante uma edição de seu programa em outubro de 2020. Na atração, o comunicador afirmou que a apresentadora "quer levar as crianças à travessura, prostituição e suruba". Sikêra ainda se referiu a loira como "ex-rainha" e afirmou que "pedofilia é crime e não prescreve".
A agressão do comunicador aconteceu depois de Xuxa lançar um livro infantil com temática LGBTQIA+, Maya: Bebê Arco-Íris. Segundo decisão do desembargador César Peixoto, Sikêra abusou da liberdade de expressão, já que as agressões serviram apenas com "o intuito deliberado de depreciar a dignidade" da apresentadora.
"As manifestações foram realizadas por meio do emprego de tom jocoso e de linguajar escrachado que, muito embora sejam característicos da atração televisiva, evidentemente excederam os limites do bom senso, da boa educação", argumentou o desembargador na decisão, que também justificou a redução do valor da indenização de R$ 300 mil para R$ 50 mil.
"Não estava em harmonia com os critérios de proporcionalidade utilizados", decidiu. O NaTelinha entrou em contato com a assessoria de imprensa da RedeTV!, mas o canal ainda não deu resposta sobre o caso.
Xuxa Meneghel comenta condenação de Sikêra Jr
Através das redes sociais, Xuxa comemorou a condenação de Sikêra Jr e contou que a quantia da indenização será enviado para instituições ligadas à assistência de crianças. Neste ano, Sikêra já havia tido derrota em outros processos. Em fevereiro, ele perdeu ação que movia contra Jacson Damasceno, que comandava o Brasil Urgente do Rio Grande do Norte na ocasião.
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