Irmã de Paulo Gustavo diz que sobrinhos relatam visitas do pai
O ator deixou dois filhos, Gael e Romeu
Publicado em 04/05/2022 às 13:54,
atualizado em 04/05/2022 às 14:21
Um ano após a morte de Paulo Gustavo (1978-2021), Juliana Amaral, irmã do ator, disse que os sobrinhos, Gael e Romeu, de dois anos e nove meses, contam que o pai vem visitá-los e até brinca com eles. "Às vezes, os dois dizem que o 'papai Paulo veio visitar', e aí, já viu, meu olho enche de lágrimas. Mas eu disfarço pra eles não me verem chorar. Outro dia, Gael disse ao apontar para o céu: 'Olha lá a luz do papai Paulo'. Romeu também já falou, quando acordou chorando: 'O papai Paulo não virou estrelinha, ele estava aqui agora brincando comigo!'", revelou, em entrevista ao jornal Extra.
Hoje, a niteroiense mora com a mãe, Déa Lúcia, e afirma que uma está cuidando da outra. "Há dias em que a gente está no rir; em outros, no chorar. A nossa fé é que nos faz levantar da cama todos os dias. Mas o entendimento e a aceitação (da morte) ainda pretendo alcançar na doutrina espírita", contou, dizendo ainda que é alucinada pelos filhos do irmão, fruto do relacionamento dele com o médio Thales Bretas.
Ainda para a mesma publicação, Ju, como é conhecida, falou de sua relação com o humorista, a quem considerava como "sua metade". "A única forma de definição que consigo é a que sempre falávamos: que somos almas gêmeas! Nunca houve assunto proibido entre a gente. Conversávamos até no olhar. Todos os momentos ao lado do meu irmão foram de pura emoção. Somos apaixonados um pelo outro. Somos melhores amigos", pontuou, ainda se referindo ao ator no presente.
Sobre o veto ao projeto da conhecida como Lei Paulo Gustavo, que propunha o repasse de R$ 3,8 bilhões para o enfrentamento dos efeitos da pandemia da Covid-19 sobre o setor cultural, Juliana foi categórica. "Foi vetado, mas ainda vamos vencer essa. A minha parte eu vou fazer. As eleições estão aí para todos exercerem o poder de eleger um presidente que respeite o cargo que ocupa e a nação do país que o elegeu, o que definitivamente não é o caso do atual. Um governo que nega a ciência e a pesquisa, que não incentiva a cultura, que desdenha dos mortos pela Covid, que não respeita a diversidade religiosa e sexual, e que é a favor do armamento da população. Meu irmão e eu sempre fomos profundamente críticos e contrários a todos esses posicionamentos", cravou.
Mãe e viúvo prestam homenagens a Paulo Gustavo
Diversos famosos usaram as redes sociais, nesta quarta-feira (4) para relembrar e exaltar Paulo Gustavo. O humorista morreu há exatamente um ano, no dia 4 de maio de 2021, vítima das complicações da Covid-19. Uma das primeira pessoas a relembrar a morte do ator foi Déa Lúcia, sua mãe. "Um dia a saudade deixa de ser dor e vira história para contar e guardar para sempre. Algumas pessoas são sim eternas dentro da gente", disse ela ao marcar o filho no Instagram.
Viúvo do artista, Thales Bretas compartilhou um texto emocionante. "Não há como Não há como negar a sensação de que um pedaço de mim foi arrancado precocemente. Principalmente tendo sido vítima de um vírus para o qual já haviam desenvolvido vacinas que estavam sendo aplicadas pelo mundo. Mas a negação não ajuda no processo do luto. Faz parte, é inevitável, mas não te move. A saudade é imensa, o amor é eterno, o laço que tivemos e toda história que construímos são infinitos."
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