Morre o cineasta e jornalista Arnaldo Jabor
Arnaldo Jabor não resistiu às complicações de um AVC
Publicado em 15/02/2022 às 09:36,
atualizado em 15/02/2022 às 12:10
Arnaldo Jabor, cineasta, cronista e jornalista morreu nesta terça-feira (15), aos 81 anos de idade. Ele estava internado desde dezembro no Hospital Sírio-Libanês, região central da capital paulista.
O jornalista sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) e estava hospitalizado desde a então. A família informou que ele veio a óbito por volta da meia-noite, em virtude das complicações causadas pelo AVC.
O profissional já foi indicado à Palma de Ouro de Melhor Filme no Festival de Cannes por ter dirigido o filme Eu Sei que vou Te Amar (1986). Ele também era colunista dos telejornais da Globo desde 1991.
A carreira de Arnaldo Jabor
Em décadas de carreira, Jabor se dedicou ao cinema, literatura e jornalismo. Nas telonas, dirigiu sete filmes, dois curtas e outros dois documentários. Foi técnico sonora, assistente de direção e crítico de cinema, tendo se formado pelo curso de cinema do Itamaraty-Unesco em 1964.
Desde os anos 90 atuava como cronista nos jornais da Globo e fazia comentários políticos nos principais da casa. Em suas colunas, tinha temas como cinema, arte, política, economia, filosofia, etc.
Em seu site oficial, Jabor conta que se afastou do cinema com o início do Governo Collor que segundo ele, "sucateou a produção cinematográfica nacional". Ele voltaria somente em 2010 ao ramo, quando assinou o roteiro e direção de A Suprema Felicidade, que contava a história de um adolescente que precisava lidar com as frustrações do pai e se aproximava do avô. A produção foi indicada a ser premiada em diversos festivais no Brasil e fora dele.
Com o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), Arnaldo Jabor fazia suas colunas de casa, mas conseguiu voltar para a redação da Globo em São Paulo. Seu último comentário ocorreu em 18 de novembro, quando falou sobre as suspeitas de interferência no ENEM.
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