Saudade

Viúva de Ricardo Boechat lembra três anos de sua morte: "Pior dia do meu ano"

"Case com alguém que te queira a quem você queira de verdade", escreveu ela


Ricardo Boechat na redação da Band
Ricardo Boechat faleceu em 2019 - Foto: Divulgação/TV Bandeirantes
Por Redação NT

Publicado em 11/02/2022 às 09:11,
atualizado em 11/02/2022 às 09:17

Veruska, viúva do jornalista Ricardo Boechat (1952-2019), compartilhou um longo texto para lembrar os três anos de sua morte. "Esse post é porque eu quero usar o pior dia do meu ano para mandar uma mensagem positiva e dizer: case com alguém que te queira e a quem você queira de verdade", escreveu.

Para ela, isso é amor. "É uma honra ouvir as pessoas dizerem o quanto o admiravam, no meu coração sempre penso: 'e elas nem sabem que depois de um dia de trabalho exaustivo, quando estávamos indo jantar fora, já o vi descer do carro no meio do caminho pra tirar do meio-fio com os braços uma pessoa em situação de rua que estava deitada onde ele achou que corria o risco de ser atropelada'", continuou.

A viúva do jornalista disse que embora já tenham se passado três anos sem ele, existem duas filhas que vivem seu amor. "Uma vez compramos um apartamento pra morar, fui visitar com o arquiteto que ia me ajudar a reformar, o arquiteto me perguntou: 'o que o Boechat achou?' Respondi: 'ele ainda não veio aqui.' O arquiteto me olhou, chocado: 'vocês compraram um imóvel que só você visitou?' Sim, ele confiava na minha decisão e no meu gosto de olhos fechados. Eu também confiava no discernimento dele de olhos fechados", recorda.

Ricardo Boechat fazia várias besteiras

Veruska continuou o texto relembrando que Boehcat também dava suas "cabeçadas". "Durante todo o tempo em que estivemos juntos, eu tive a certeza de que mesmo que algo que eu fizesse desse muito errado, ele estaria ali pra me apoiar. E eu sei que ele tinha a mesma certeza sobre mim, que, sim, eu primeiro daria bronca nele, mas depois resolveria ou o ajudaria a resolver qualquer besteira que ele tivesse feito (ele fazia várias)."

Boechat morreu numa tarde de segunda, quando aconteceu a queda de um helicóptero na rodovia Anhanguera, na altura do quilômetro 7 do Rodoanel. Seu destino era o heliponto da Band. O jornalista vinha de Campinas, onde deu uma palestra sobre ética para funcionários de uma indústria farmacêutica. Ele apresentava o Jornal da Band desde 2005.

Ricardo Boechat foi um dos jornalistas mais respeitados do Brasil. Prestigiado, é o recordista de prêmios do Comunique-se e venceu três vezes o troféu Esso. Boechat iniciou sua carreira na década de 70, escrevendo em jornais como O Globo, Jornal do Brasil, O Estado de São Paulo, entre outros.

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