Presa em 2020

MP pede arquivamento de inquérito que investigava bailarina do Faustão

Natacha Horana foi algemada e levada para a delegacia por desacato em Balneário Camboriú. Advogado fala em abuso de autoridade e pediu investigação


Montagem com duas fotos da  bailarina do Domingão Natacha Horana, sorridente, no palco do programa e sentada com a mão no cabelo
A bailarina do Domingão Natacha Horana foi presa em julho do ano passado por desacato - Reprodução Instagram

O Ministério Público de Santa Catarina pediu o arquivamento do inquérito que investiga Natacha Horana, bailarina do Domingão do Faustão. Ela foi presa em julho do ano passado em Balneário Camboriú, algemada e levada para a delegacia por desacato após ser encontrada dentro do apartamento que alugou com um grupo de amigos, no momento em que acontecia uma festa, o que desrespeitava o decreto municipal por conta do isolamento social da pandemia do coronavírus. As imagens do momento da sua detenção viralizaram nas redes sociais.

De acordo com a assessoria de Natacha, o promotor de justiça responsável pelo caso reconheceu que a bailarina não cometeu qualquer infração ou contravenção penal, "destacando que não há nos autos provas de que ela realmente estivesse envolvida em aglomeração de pessoas no imóvel".

Daniel Bialski, advogado da bailarina, disse na ocasião que pequenas reuniões não estavam proibidas na cidade e que houve enorme truculência por parte de alguns agentes públicos que participaram da ação. Ao NaTelinha, ele falou que a investigação está em andamento.

"Desde aquela época eu já havia pedido abertura de investigação por abuso de autoridade e invasão de domicílio, não somente contra os policiais, mas também contra os agentes públicos da prefeitura e esse expediente investigando a truculência e os excesso ainda está em andamento."

Bialski afirma que, se forem comprovados os abuso de autoridades os agentes podem ser punidos. "Eles podem ser processados não só administrativamente como criminalmente. Ela pretende processar as pessoas envolvidas, vai pedir danos morais contra eles e contra as pessoas que a difamaram também", disse o advogado.

Sua cliente, segundo o defensor, ficou assustada com a ação e apenas filmou os policiais que entraram no local. "Porém acabou criminosamente algemada e humilhada. E acabou sendo injustificada e  vexatoriamente colocada na cela localizada na traseira de uma viatura policial. Felizmente as imagens existem para comprovar o tamanho dos excessos cometidos. Destaquemos que o próprio Ministério Público reconheceu agora que ela não cometeu ato ilícito ao filmar os policiais e esperamos a punição dos responsáveis", concluiu Bialski.

Natacha Horana negou participação em festa

Após a divulgação do vídeo e a notícia se espalhar no ano passado, Natacha Horana emitiu um comunicado via assessoria de imprensa onde negou o envolvimento na festa clandestina.

"Natacha alugou um apartamento com dois amigos próximos na cidade e os mesmos convidaram cerca de dez pessoas para uma reunião social. Após receber um chamado, guardas municipais invadiram o apartamento juntamente com fiscais municipais, sem que ninguém da casa permitisse o ingresso dos agentes", afirmou a assessoria.

O texto dizia que a bailarina estava dentro de seu quarto durante todo o período da reunião e por não estar participando, acreditou que não seria necessário abrir a porta do cômodo em que já estava acomodada. "Exaltados e sem paciência para explicação, rapidamente os agentes da Guarda Municipal de Balneário Camboriú, então, arrombaram a porta do cômodo. Deixamos aqui o nosso lamento pela atitude precipitada dos agentes que deveriam causar acalento e acabaram gerando medo invadindo o quarto que uma mulher estava sozinha dentro", finalizou o texto.

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