Revolta

Andréia Sadi repudia mais um ataque de Bolsonaro à imprensa: "Cala boca já morreu"

Jornalista prestou solidariedade aos colegas humilhados pelo presidente


Andréia Sadi em live; Bolsonaro atacando a imprensa
Andréia Sadi critica ataque de Bolsonaro à imprensa - Foto: Reprodução

Nesta segunda-feira (21), Andréia Sadi usou as redes sociais para criticar a atitude de Jair Bolsonaro ao atacar uma repórter da Globo e detonar a CNN Brasil em Guaratinguetá (SP). A jornalista da GloboNews desabafou no Twitter e se solidarizou aos colegas de profissão que foram hostilizados pelo presidente, lembrando que tal ação do político é um ataque à liberdade de imprensa.

"Inacreditável e inaceitável mais um ataque do presidente Bolsonaro à imprensa. Minha solidariedade aos colegas que foram alvos, hoje. Ataque a um colega é ataque à liberdade de imprensa, à democracia. Nunca demais- e cada vez mais necessário- lembrar o óbvio: 'cala boca já morreu'", escreveu Andréia.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar jornalistas nesta segunda-feira (21) e mandou uma repórter da TV Vanguarda, afiliada da Globo no interior de SP, “calar a boca”. O político iniciou a entrevista de máscara, porém, se irritou com uma pergunta, tirou a peça e vociferou contra a emissora, chamando a rede de "canalha". Ele ainda criticou a CNN Brasil pelo tom usado na cobertura das manifestações contra ele no fim de semana.

Bolsonaro chegou em um evento em Guaratinguetá sem máscara e foi questionado pela jornalista da Vanguarda. Nervoso, ele mandou pessoas atrás dele ficarem quietas e atacou a imprensa.

“Eu chego como quiser, onde quiser, eu cuido da minha vida. Parem de tocar no assunto. [Presidente tira a máscara] Você quer botar… Me bota agora… Vai botar agora… Estou sem máscara em Guaratinguetá. Está feliz agora? Você está feliz agora? Essa Globo é uma merda de imprensa. Vocês são uma porcaria de imprensa”, disparou.

A repórter Laurene Santos tentou rebater a fala do presidente, mas ele não permitiu e seguiu revoltado. Descontrolado, o governante pediu que a profissional da Globo ficasse calada. “Cala a boca. Vocês são canalhas. Fazem um jornalismo canalha, vocês fazem. Canalha, que não ajuda em nada. Vocês não ajudam em nada. Vocês destroem a família brasileira. Destroem a religião brasileira. Vocês não prestam. A Rede Globo não presta. É uma péssima [sic] órgão de informação”, completou.

Antes de atacar a repórter da Globo, Bolsonaro tinha alfinetado a CNN Brasil por conta da cobertura das manifestações contra ele no fim de semana. “Vocês elogiaram a passeata agora de domingo. Jogaram fogos de artifícios em cima de vocês e vocês elogiaram ainda”, completou.

Pelas redes sociais, a TV Vanguarda repudiou o comportamento do presidente. "A Rede Vanguarda se solidariza com a repórter Laurene Santos, que estava apenas fazendo seu trabalho e repudia a postura do presidente Jair Bolsonaro, que tirou a máscara durante a entrevista, para agredir verbalmente com palavrões a jornalista e a Rede Globo."

Bolsonaro e as 500 mil mortes pela Covid-19

A “instabilidade emocional” do presidente Jair Bolsonaro é algo recorrente contra a imprensa. Com as 500 mil mortes causadas pela Covid-19, jornalistas passaram a criticá-lo e apontá-lo como o principal responsável pelo número negativo por conta das ações e também possíveis omissões que o presidente teve na pandemia.

Na última sexta (18), o Jornal Nacional divulgou um editorial sobre a cobertura na Globo sobre o coronavírus. “É muito comum se ouvir aqui, os números falam por si, mas também é verdade que os números não dizem tudo. 500 mil vidas brasileiras perdidas na pandemia significam milhões de pessoas enlutadas pela ausência de um parente ou de amigo. Milhões!", comentou Bonner ao abrir o telejornal.

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