Denúncia

Nike rompe com Neymar por atleta não colaborar em investigação de assédio sexual

Contrato foi rompido em setembro do ano passado


Neymar chorando no banco do PSG
Neymar perdeu contrato com a Nike - Foto: Divulgação
Por Redação NT

Publicado em 28/05/2021 às 11:18,
atualizado em 28/05/2021 às 11:32

O fim do contrato entre a Nike e Neymar envolveu uma denúncia de assédio sexual contra o atacante do PSG. Segundo o Wall Street Journal, a conselheira geral da empresa de materiais esportivos, Hilary Krane, confirmou o rompimento depois dele não ter colaborado com as investigações do caso, que teria ocorrido em 2016.

Ao jornal estadunidense, Krane declarou: "A Nike encerrou seu relacionamento com o atleta porque ele se recusou a cooperar em uma investigação de boa-fé de alegações confiáveis feitas por uma funcionária de irregularidades cometidas". Sabendo da publicação do periódico, a Nike emitiu uma nota e confirmou que existiu a denúncia de assédio sexual contra Neymar. O contrato entre as partes tinha mais oito anos de duração, mas foi encerrado em setembro do ano passado. Depois, ele fechou com a Puma. A investigação segue em curso.

"A investigação foi inconclusiva. Não emergiram fatos suficientes que nos permitam falar substancialmente sobre o assunto. Seria inapropriado para a Nike fazer uma declaração acusatória sem poder oferecer fatos que a suportem", diz a nota da Nike.

E continua: "A Nike encerrou sua relação com o atleta porque ele se recusou a cooperar em uma investigação de boa-fé de alegações críveis de uma funcionária. Continuamos respeitando a confidencialidade da funcionária e reconhecemos que essa tem sido uma longa e difícil experiência para ela".

A autora da denúncia e funcionária da Nike afirma que Neymar tentou forçá-la a fazer sexo oral em um quarto de hotel numa de suas viagens a Nova Iorque. Ela é quem coordenava a logística dos eventos nos quais Neymar participava.

Uma porta-voz do brasileiro negou as acusações ao The Wall Street Journal: "Ele se defenderá vigorosamente contra esses ataques infundados caso alguma reclamação seja apresentada, o que não aconteceu até agora".

O pai de Neymar concedeu uma entrevista à GloboNews depois, e também negou tudo: "Nós estamos surpresos, a gente não sabe o que está acontecendo, só soa estanho para a gente. Por que a Nike solta essas coisas agora?".

"Claro que não, claro que não [que não cometeu assédio], ela queria fazer uma investigação que a gente não sabia. O contrato da Nike foi rompido unilateralmente por falta de pagamento. Não tem nada a ver com isso", garantiu.

Neymar no foco da denúncia

A funcionária da Nike se queixou ao chefe de Recursos Humanos e no Conselho Geral da empresa em 2018, depois de uma pesquisa interna da Nike sobre o tratamento às mulheres. A investigação foi conduzida pelo escritório de advocacia Colley LLP, um dos mais prestigiados dos Estados Unidos.

Naquele momento, Neymar acabou sendo retirado das ações de marketing da Nike, conforme apurou o Wall Street Journal. Representantes de Neymar foram ouvidos na investigação, mas o próprio atleta se recusou a ser entrevistado.

Tudo teria acontecido em junho de 2016, quando ele fez uma campanha publicitária no estádio de beisebol de Nova Iorque, o City Field. A mulher que o acusa é brasileira. Ela afirma que teve um breve momento a sós com o craque, que não a deixou de sair do quarto. Neymar teria tirado a cueca e a forçado a praticar sexo oral. A mulher, com isso, relatou tudo a amigos e colegas da própria Nike.

Vale lembrar que em 2019, Neymar foi acusado pela modelo Najila Trindade de estupro, porém, a investigação foi encerrada sem indiciamento do jogador, porque a moça não apresentou provas do suposto crime.

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