Opinião

Família é Tudo e outras novelas das sete trazem humor e leveza na tela da Globo

Comédia é a principal característica das icônicas novelas das sete


Cena da novela Família é Tudo
Elenco principal de Família é Tudo - Foto: Reprodução/Globo

Família é Tudo foi criada e escrita por Daniel Ortiz com a direção impecável de Fred Mayrink é a novela de número 100 exibida no horário das sete na Globo, é a primeira obra gravada em 4K e vem agradando o público, uma comédia romântica gostosa de se ver.

Esse horário foi criado em 1965 e a primeira trama levada ao ar foi Rosinha Do Sobrado de autoria de Moysés Weltman, exibida em 50 capítulos. De lá para cá, foram muitas autores, muitas histórias e muitos personagens inesquecíveis. A passarela das sete teve grandes êxitos e muitas campeãs de audiência. 

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Uma característica importante no horário é uma boa dose de humor, principalmente dos anos 80 até agora. As novelas são leves, com temas familiares e algumas vezes apostou no realismo mágico e fantasia, acertando precisamente, Vamp (1991) e 2002 o Beijo Do Vampiro, tramas de Antônio Calmon.

Também fugiu à regra a exibição de uma refilmagem de  A Viagem (1994), da obra de Ivani Ribeiro, abordando a temática espírita, mesmo assim foi uma novela de grande sucesso.

Silvio de Abreu é referência nas novelas das sete da Globo

Muitos autores se consagraram no horário e um deles, que inclusive virou referência e deu uma nova cara as novelas das sete, foi Silvio de Abreu, ele colecionou sucessos como Plumas Paetês (1980), Jogo da Vida (1981) Guerra dos Sexos (1983), Vereda Tropical (1984), Cambalacho (1986) e Sassaricando (1987).

Outros autores se destacaram no horário, Carlos Lombardi com Bebê a Bordo (1988), Perigosas Peruas (1992), Quatro Por Quatro (1994),  Uga Uga (2000) e Kubanacan(2003). Miguel Falabella emplacou Salsa & Merengue(1997), A Lua Me Disse (2005) e Aquele Beijo (2011).  Além das já citadas,  Antônio Calmon contou histórias interessante no horário, Top Model (1989), Olho no Olho (1993), Um Anjo Caiu do Céu (2001), entre outras que marcaram um geração.

Os grandes medalhões das 21h também deixaram seus carimbos no horário. João Emanuel Carneiro com os grandes sucessos Da Cor do Pecado (2004) e Cobras e Lagartos (2006) e Walcyr Carrasco com Sete Pecados (2007), Morde e Assopra (2011) e Caras e Bocas (2010). 

Família é Tudo e outras novelas das sete trazem humor e leveza na tela da Globo

Agora uma nova geração toma conta do horário e faz de tudo para manter a tradicional receita de um folhetim das sete, manter o público, cativar e atrair novos telespectadores. Daniel Ortiz, pupilo de Silvio de Abreu, vem cumprindo essa missão e conquistando o público com a sua quinta novela no horário.

Cláudia Souto autora de Tudo Ou Nada que estreia após findar Família é Tudo vem traçando uma trajetória sólida e teve trabalhos expressivos, Pega Pega (2017) e Cara e Coragem (2022).

Rosane Svartman trouxe sucessos, Totalmente Demais (2015), Bom Sucesso (2019) e a tão bem-sucedida Vai na Fé (2023). Outros grandes autores transitaram no horário com glamour. Maria Adelaide Amaral escreveu Sangue Bom (2013), Filipe Miguez e Isabel de Oliveira, o sucesso Cheias de Charme (2012), em reprise atualmente em uma edição especial, e Verão 90 (2019). Maria Helena Nascimento se destacou com a criação de Rock Story (2016).

Enfim, as novelas da sete agradam e trazem um alívio depois de um dia de trabalho, faz sorrir, faz chorar e faz sonhar. Os ingredientes do horário não devem ser alterados, somente assim, a história da vez poderá alcançar bons índices de audiência.

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