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Como a Netflix se preparou para atingir seu ápice durante o coronavírus

Recentemente, Netflix ganhou mais de 16 milhões de assinantes, recorde trimestral


Netflix e coronavírus
Netflix une conteúdo sem se esquecer do coronavírus

A Netflix está tendo grande sucesso em meio a pandemia do novo coronavírus e vê sua base de assinantes crescer enquanto o mundo caminha para uma recessão.

Por ser uma empresa de entretenimento digital e adequada às necessidades das pessoas que gostam de bons conteúdos para assistir em casa, é inegável que ela também se preparou para o que vive.

Analistas dos Estados Unidos já previam que o número de assinantes da Netflix cresceriam, e a maioria da população passaria mais tempo em casa. O resultado é que a base ganhou 16 milhões de novos assinantes, o maior crescimento trimestral de todos os tempos.

Muitos estão assinando novamente o serviço ou descobrindo agora. Mas o principal segredo é produzir conteúdos verdadeiramente atraentes, tentando retribuir à sociedade e administrando seus negócios de forma responsável, ainda que tenha uma dívida bilionária.

Entre os assinantes e profissionais do mercado, a Netflix é vista como uma empresa culturalmente relevante. Isto é, ela consegue se conectar ao público por meio de atitudes, crenças e comportamento, se tornando inextricavelmente ligadas às nossas vidas.

Isso começa com conteúdo. Produtos como Tiger King, Stranger Things, The Witcher e La Casa de Papel (só para citar os mais recentes) são programas que capturam não apenas nosso interesse, mas também exploram nosso espírito cultural.

Tiger King é o programa mais reproduzido nos Estados Unidos, inspirando o crescimento de uma indústria caseiras de memes, desencadeando conversas que variam de poliamor até a criação de tigres em cativeiro.

Empresa também retribui

Como a Netflix se preparou para atingir seu ápice durante o coronavírus

A Netflix também vem retribuindo à sociedade. Há cerca de um mês e meio, anunciou a doação de US$ 100 milhões a uma comunidade que havia perdido o emprego nos Estados Unidos e doou outros US$ 30 milhões a ONGs. Ela também ajudou pessoas desempregadas do ramo da TV e cinema.

A gigante do streaming também é conhecida por sua liberdade e responsabilidade, operando de maneira descentralizada, no qual equipes são liberadas para testar e aprender novas ideias.

Ela conseguiu se adaptar mais naturalmente à nova realidade, como a de administrar empresas e ter tomada de decisões de maneira remota.

Nem toda história vem de Hollywood

Com investimentos além dos Estados Unidos, a Netflix tem séries nos mais variados idiomas. Recentemente, ela construiu um centro de produção em Madrid, capital espanhola, em um campus de 22 mil metros quadrados, empregando mais de 20 mil pessoas.

Visando o pluralismo, ela também está de olho no mercado indiano e quer investir US$ 420 milhões no país, já que ele conta com população estimada em 1,3 bilhão e é um mercado emergente em plena ascensão.

Em isolamento social, a Netflix prova que faz o dever de casa.


Thiago Forato é jornalista e escreve diariamente para o NaTelinha. Assina a coluna Enfoque NT desde 2011. Converse com ele pelo e-mail thiagoforato@natelinha.com.br ou no Twitter, @tforatto

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