Band perde a identidade e Amaury Jr. quase apaga a luz
Canal do esporte em outros tempos, Band não sabe o que o público quer
Publicado em 15/02/2019 às 11:07
Durou apenas um ano o "Programa Amaury Jr." na Band, que havia voltado à emissora depois de 16 anos.
Aos sábados à noite, Amaury se consagrou na cobertura de festas da high society paulistana, mas seu retorno foi relâmpago, bem como o pacote de programas que a Band estreou em 2018, tais como o "Agora é Domingo", "Show do Esporte", "Superpoderosas" e "Cozinha do Bork".
Todos já não fazem mais parte da grade de programação, com exceção do "Melhor da Tarde", de Cátia Fonseca, que consegue se sustentar devido ao bom faturamento.
Mais uma vez, a Band recorre aos enlatados e transmite filmes aos sábados à noite, com audiências que raramente ultrapassam os 2 pontos no Ibope na Grande São Paulo, perdendo para o sócio-proprietário da RedeTV!, que exibe seu game "Mega Senha".
Era uma vez o canal do esporte
Aquele que era conhecido como o canal do esporte até a década de 1990, talvez tenha dado seu último suspiro de verdade na cobertura dos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004, onde até o Faustão viu sua liderança ficar longe.
De lá pra cá, a emissora perdeu a identidade embora tenha dado espasmos bastante interessantes como o "CQC" em 2008 e o "Pânico" em 2012.
O jornalismo e esporte, como a Band é tradicionalmente conhecida, perdeu relevância. Praticamente uma "Datena News" a grade de programação não conta com variedade os buracos são tapados erroneamente.
Seja com o "Verão Animado" pela manhã, que realmente não deve passar do verão, em substituição ao "Superpoderosas" ou "Cozinha do Bork" ou com o esporte/enlatados no lugar do "Pânico", a Band não caiu numa crise sem fim por acaso.
Má gestão e falta de quem entenda de televisão foram os fundamentos (ou falta dele) básicos para que a emissora tenha chegado na situação que chegou: crise familiar e financeira alartamentes.
Sem saber o que o público quer, resta saber até quando a Band vai sobreviver de "MasterChef", que daqui algum tempo, ficará intragável, tamanho esgotamento que ela propõe ao seu principal produto.