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Jovem Pan e CNN Brasil disputam TV aberta em São Paulo

As conversas em busca de parceria com a Rede Brasil acontecem de forma sigilosa


Microfones com o logo da CNN Brasil
CNN Brasil e Jovem Pan disputam espaço na TV aberta - Divulgação

 A Jovem Pan está buscando parceria com uma TV aberta para levar o sinal do seu canal de notícias, atualmente disponível apenas por streaming em sua plataforma Panflix, inaugurada em maio deste ano. O NaTelinha apurou que representantes do grupo conversaram com a Rede Brasil, presente em São Paulo na frequência digital 10.1, no entanto, a emissora paulista também entrou na mira da CNN Brasil que estuda carregar seu sinal além da TV paga.

Atualmente, o jornalismo ao vivo da Panflix pode ser assistindo via celular, tablet ou nas Smarts TVs da Samsung. O projeto consumiu um investimento de R$ 30 milhões do Grupo Jovem Pan, com as construções de novos estúdios e compras de equipamentos, e marcou a convergência do conteúdo da rádio com televisão.

Para ampliar o alcance dos jornalísticos da Panflix, a diretoria chegou a negociar com a Rede Brasil, canal aberto que pertence ao empresário Marcos Tolentino e está presente em capitais importantes como São Paulo, Rio, DF e Belo Horizonte. Além disso, o sinal da emissora pode ser captado em algumas operadoras de TV por assinatura. De acordo com fontes próximas do negócio, as conversas ainda estão em fase inicial e são sigilosas.

Mas a Jovem Pan ganhou um concorrente inesperado na disputa pela Rede Brasil: a CNN. A diretoria do canal de noticias tem interesse em alugar parte do espaço ou negociar uma parceria com a emissora. Além da Rede Brasil, a versão brasileira da CNN conversa com a TV Gazeta e com a Ideal TV, que ocupa o sinal da extinta MTV.

CNN Brasil não nega negociações com a Rede Brasil

Jovem Pan e CNN Brasil disputam TV aberta em São Paulo

Procurada pela reportagem, a Jovem Pan enviou o seguinte comunicado: "O conteúdo da Panflix é de uso exclusivo da marca Jovem Pan desde o lançamento. Não temos nenhuma parceria em vista, nem com a Rede Brasil".

Sobre as negociações com a Jovem Pan e a CNN Brasil, a Rede Brasil informou que "realmente existem sim parcerias sendo estudadas e negociadas. O presidente da emissora, Dr. Marcos Tolentino, está em conversa com canais de notícias internacionais. A Rede Brasil de Televisão está com forte interesse nessas parcerias".

E completou: "Como ele também revela que aceitaria parcerias de outros canais internacionais como a Disney e BBC, já que essas emissoras tem demonstrado interesse com as TVs abertas do Brasil".

O NaTelinha entrou em contato com a CNN Brasil e fez os seguintes questionamentos: A licença da matriz da CNN era para operar somente em TV paga. Por que a mudança no formato do negócio? A partir do momento que se torna um canal aberto de notícias os contratos com operadoras de TV paga deverão se renegociados? Procede a informação que o canal negocia com a Rede Brasil?

Ao site, o novo canal de notícias brasileiro mandou a seguinte resposta: "A CNN Brasil recebeu propostas de emissoras de TV aberta que estão em fase de análises de viabilidade e estão sendo tratadas em caráter de confidencialidade. A empresa entende como mais um processo de reconhecimento pelo projeto vitorioso de 100 dias de operação do canal de noticias".

No início do ano, o NaTelinha soube das intenções da CNN Brasil de entrar com seu sinal em uma emissora aberta, mas na época o canal negou. A justificativa foi que a franquia brasileira tinha autorização para operar no país apenas na plataforma de TV paga. 

NaTelinha antecipou entrada da Panflix

Em abril de 2019, o NaTelinha antecipou em primeira mão a chegada da plataforma de notícias via streaming do Grupo Jovem Pan, a Panflix.  O anúncio ocorreu em uma entrevista exclusiva com Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, conhecido como Tutinha, sócio da empresa.

"Pra quem não sabe, meu avô, Paulo Machado de Carvalho, foi o fundador da TV Record e de várias rádios em São Paulo. Meu pai (seu Tuta) é um homem de televisão que fez a história da TV brasileira com programas como Show do dia 7, O Fino da Bossa, Família Trapo, festivais, enfim, um mundo de programas que puseram a Record na época em primeiro lugar", relembrou o executivo.

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