Coluna do Sandro

Angélica prova em A Dona do Pedaço que pode fazer sucesso dentro ou fora da Globo

Desde o ano passado, a apresentadora está sem programa na Globo com o fim do Estrelas


Angélica em A Dona do Pedaço com Paolla Oliveira
Divulgação/Globo

Longe da televisão desde o fim do Estrelas, em abril de 2018, Angélica vem fazendo uma participação em A Dona do Pedaço, como ela mesma no comando do concurso Best Cake. Ao longo dos capítulos, desde a última quarta-feira (16), a loira está demonstrando o motivo que não deve ficar longe da televisão e que a Globo precisa lhe dar mais uma oportunidade na grade.

Mesmo sendo uma apresentação seguindo o texto do autor da trama, Walcyr Carrasco, Angélica consegue fazer com que o telespectador acredite que a disputa do Best Cake seja real. Faz tudo com muita naturalidade. Até suas brincadeiras com os participantes, no fictício concurso de tortas, parece verdadeiro e espontâneo.

Descoberta por Maurício Sherman aos 13 anos, Angélica estreou na TV Manchete em 1987, em pouco tempo virou um fenômeno na televisão e no mercado publicitário. Roupas, álbuns de figurinhas, brinquedos, discos, sapatos, tudo que tinha o nome Angélica vendia muito, ao mesmo tempo que acirrava na mídia sua potencial ameaça ao trono de Xuxa Meneghel nos programas infantis.

Depois da Manchete, a dona do hit Vou de Táxi pegou o endereço do SBT por onde ficou entre 1993 e 1996. Na época, chegava a bater a audiência da Sessão da Tarde com o Passa ou Repassa.

Seduzida pela estrutura e grife da Globo, Angélica deixou o canal de Silvio Santos e arrumou as malas para a emissora carioca. Quatro meses após sair do SBT, a loira estreou o infantil Angel Mix, em setembro de 1996, ficando no ar até 2000. Época em que o espaço de programas infantis iniciou seu declínio nas grades das TVs.

Depois de ser a Fada Bela, Angélica tentou o Bambuluá, protagonizou a novela Um Anjo Caiu do Céu, o reality Fama e fez o Video Game. Em 2006, assumiu o Estrelas, que ficou no ar por 12 anos. A atração nunca teve um cenário fixo e no seu começo nem era exibido nacionalmente.  Aos poucos, o programa achou seu lusar, mas nunca ficou a altura do potencial da apresentadora.

Globo e a zona de conforto de Angélica

Angélica prova em A Dona do Pedaço que pode fazer sucesso dentro ou fora da Globo

Ao longo da sua carreira na Globo, e na zona de conforto, Angélica deixou de investir na música, aceitou perder o comando de um programa de auditório e foi se adequando a nova realidade artística que lhe era oferecida. Talvez, tudo em nome de possuir o crachá global e o medo de atravessar os muros da líder de audiência.

Há um ano sem uma atração, Angélica enfrenta um dos maiores dilemas da sua carreira. Com a possibilidade de ser a primeira-dama, vai precisar se afastar da Globo, obedecendo uma regra ética da emissora, caso seu marido, Luciano Huck, dispute o cargo de presidente da República em 2022. Mais uma vez, Angélica terá que se adequar a uma realidade que lhe é oferecida. E neste caso, como ficará seu futuro na TV?

Em todas as opções de caminho, Angélica não deve pensar em se afastar do veículo. Em A Dona do Pedaço, ela demostra que a televisão faz parte do seu DNA. Seu carisma agrega nas cenas da novela. Ela prova para a Globo que merece uma atenção especial e que seu sucesso pode ocorrer dentro ou fora da emissora. O que falta é um bom projeto, porque o público gosta de Angélica.

Quanto mais assistimos ao Best Cake, mais pensamos nos motivos que ela não foi escalada para apresentar Mestre do Sabor.

Outros artistas não titubearam e buscaram oportunidades longe da Globo ao se sentirem subutilizados. Outros, conseguiram notoriedade sem nunca terem pertencido aos casting da líder. Os tempos são outros, a vitrine da Globo continua a melhor, mas não é mais a única, viu Angélica?

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