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"A Gata" estreia com carimbo mexicano e clichês típicos do país

"Enfoque NT" analisa primeiro capítulo da nova novela mexicana do SBT


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Maite Perroni é "A Gata" nas tardes do SBT
O SBT estreou nesta segunda-feira (15), a novela "A Gata" em suas tardes na programação.
 
Produzida em 2014, tendo Maite Perroni e Daniel Arenas como protagonistas, a trama era bastante aguardada no Brasil, sendo uma das mais pedidas para que o SBT transmitisse.
 
A história, clichê. No primeiro capítulo, Esmeralda (Patricia Maqueo/Maite Perroni), ainda criança, é vítima dos abusos de sua "avó", Dona Rita (Pilar Pellicer), que lhe pegou para criar ainda mais jovem. Sua origem, até então, é desconhecida. 
 
O óbvio acontece logo no primeiro capítulo. Um jovem de classe alta, Pablo (José Eduardo Álvarez) se encanta por Esmeralda, que é apelidada de Gata, e tem o desejo de conhecê-la melhor, além de ajudá-la.
 
Mas em novelas mexicanas já é sabido que uma mãe rica não aceita ter uma nora pobre. Lorena (Laura Zapata) já expulsa Esmeralda de sua casa mesmo após Paulo convidá-la para lanchar e lhe oferecer algumas roupas (ou trapos, como a Gata gosta de chamar). 
 
 
Para Lorena, é inadmissível que Paulo queira se misturar com uma classe inferior economicamente, o que gerará ainda mais conflitos no decorrer da trama. 
 
Se antigamente o telespectador mais atento reclamava dos cenários "de papelão" das novelas da Televisa, o mesmo não pode se dizer das atuais produções, sobretudo de "A Gata". 
 
 
As locações do núcleo rico são bonitas, uma iluminação bastante correta, mas as maquiagens femininas ainda continuam carregadas, o que é uma marca das telenovelas de lá. Nesse quesito (iluminação), houve clara evolução.
 
O núcleo do lixão, onde mora a protagonista, que mais tarde será interpretada por Maite Perroni, se passou em um lixão real, dando veracidade à toda aquela atmosfera. 
 
O tal lixão foi motivo de polêmica no país, já que no ano de 2014 a concorrente Azteca exibia "Avenida Brasil", da Globo, e houve comparações, já que o canal carioca construiu seu lixão no próprio Projac, e segundo a imprensa mexicana, dando condições de trabalho melhores aos seus atores. 
 
 
Com uma história focada nos seus protagonistas, isto é, sem núcleos paralelos como as novelas brasileiras, "A Gata" é mais uma produção tipicamente mexicana, que mesmo após tantos anos, continua tendo público cativo no Brasil. 
 
 
Thiago Forato é jornalista, escreve sobre televisão há 11 anos e assina a coluna Enfoque NT há cinco, além de matérias e reportagens especiais no NaTelinha. Converse com ele: thiagoforato@natelinha.com.br  |  Twitter: @tforatto

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