Colunas

O sucesso de "Mil e Uma Noites" e um alerta para as novelas mexicanas

Antenado


mileumanoites-protagonistas.jpg
Divulgação

Na próxima terça-feira (15), a Band encerra "Mil e Uma Noites", a primeira novela turca exibida pela emissora e que fecha com bons números de audiência, na casa dos 3 pontos, chegando a picos de 6.

No lugar, o canal já estreou outra trama vinda da Turquia, a forte "Fatmagul - A Força do Amor", que também já tem feito bonito: sua primeira semana de exibição elevou a audiência da Band em 49% na comparação com a primeira semana de “Mil e Uma Noites”, em março deste ano. A nova novela marcou 3,2 pontos em São Paulo entre 31 de agosto e 05 de setembro, enquanto “Mil e Uma Noites” teve 2,2 pontos de 9 a 14 de março.

[galeria]

Ou seja, existe um público que já está fidelizado e gosta de ver as novelas - recentemente, o NaTelinha publicou uma matéria sobre o perfil do público de "Mil e Uma Noites", e a grande maioria dele tem um alto poder aquisitivo.

O fato é que as tramas turcas não são só sucesso no Brasil, mas em toda a América Latina e Central. "Fatmagul (foto/acima)" e "Mil e Uma Noites" são fenômenos na Argentina, Uruguai, Chile, Peru, Colômbia, Guatemala, dentre outros. E muito disso se deve graças às tramas cheias de clichês, românticas, com texto direto e protagonistas fortes e carismáticos. Mas o principal destaque é a direção e a fotografia das novelas turcas, que são extremamente bem acabadas esteticamente, com imagens bonitas e direção segura.

Trocando em miúdos: na questão técnica, as tramas turcas vencem, e de lavada, as novelas mexicanas da Televisa, que mesmo em 2015 ainda tem certo ar tosco e jeitão brega. Parece que o mercado mexicano ainda não entendeu o alerta que a importação das novelas turcas para a América Latina lhe deu. Ou tomam mais cuidado com o acabamento de seu produto ou podem sucumbir.

Exibir as novelas turcas ultimamente é certeza de bom Ibope e até mesmo de elogios por parte de público e crítica. Sorte da Band, que achou um filão interessantíssimo para si. Se eu fosse o México, não deixava a Turquia chegar assim.


 

Gabriel Vaquer escreve sobre mídia e televisão há vários anos. No NaTelinha, além da coluna “Antenado”, assinada todos os sábados, é responsável pelo “Documento NT” e outras reportagens. Converse com ele. E-mail: gabriel@natelinha.com.br / Twitter: @bielvaquer

Mais Notícias

Enviar notícia por e-mail


Compartilhe com um amigo


Reportar erro


Descreva o problema encontrado