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Com Celso Portiolli mais solto, "Sabadão" tem estreia monótona no SBT

A coluna "Enfoque NT" analisa a estreia de novo programa do SBT


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Celso Portiolli comanda o "Sabadão" - Divulgação/SBT
O SBT estreou neste sábado (29) o programa “Sabadão”, com apresentação de Celso Portiolli. O título é o mesmo do musical comandado por Gugu Liberato entre 1997 e 2002 na emissora.
 
Na estreia que por vezes parecia um piloto que foi para o ar, Celso Portiolli se mostrou mais solto fazendo piadas até mais “picantes”, que ele normalmente não faria no seu “Domingo Legal”, quando disse em resposta a uma pessoa no quadro “O Povo Fala” que difícil mesmo é “ficar sem comer mulher”. Sempre quando acionado, Portiolli mostrou desenvoltura, carisma e talento que lhe são peculiares.
 
Como o primeiro programa foi muito musical (15 músicas), gostou mesmo quem era fã da dupla convidada de estreia, Zezé di Camargo & Luciano.
 
Entre as canções e participações especiais, um “O Povo Fala” perguntando qualquer coisa aos artistas e pedindo conselhos, como “Minha namorada só quer fazer amor depois do casamento, o que faço?”, e na parte final a personagem Nina de “A Praça é Nossa” e o humorista Pedro Manso comentando vídeos da internet. 
 
Três estreias, três vezes Zezé e Luciano
 
Nas últimas três estreias de Roberto Manzoni (mais conhecido como Magrão) no SBT, diretor do “Sabadão”, Zezé e Luciano estiveram presentes. Em 2008, quando o “Programa Silvio Santos” estreou este novo formato com a volta das câmeras escondidas e Silvio atirando dinheiro para o auditório, algo que não fazia desde o “Topa Tudo por Dinheiro”, extinto em 2001, Magrão convidou a dupla para cantar no quadro “Sucesso de Ontem e de Hoje” e conversar com o animador no palco.
 
Naquele mesmo ano, a dupla esteve na estreia do musical “Uma Hora de Sucesso”, programa mensal que o SBT exibiu entre 2008 e 2009. E novamente, foram escolhidos para estrelar a estreia do “Sabadão”.
 
Certamente o programa será formatado em curso e ganhar novidades. Um formato como o antigo “Sabadão” já não tem mais a mesma eficácia. Não à toa foi extinto há 13 anos. 
 
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Ainda que tenha sido feito às pressas, o cenário tem um bonito visual, arte e condizente com o horário que é exibido. E um elogio tem que ser feito à esse balé do SBT, que é muito bem treinado e é marca registrada dos programas de auditório do canal.
 
O SBT carecia de um programa assim aos sábados à noite, que não tem uma atração fixa - sem temporadas - no horário que dê certo desde o remanejamento de “A Praça é Nossa” para as noites de quinta-feira, em 2006.
 
Mas, vale lembrar que o “Sabadão” estreou talvez não por investimento pensado na faixa, e sim por força do acaso, já que Portiolli perdeu duas horas do seu “Domingo Legal” devido ao acordo com a Disney que exibirá seu conteúdo de domingo a domingo.
 
Apostando no carisma do apresentador e lhe dando atrações consistentes, é fato que brigará com os já consolidados programas da Record e até mesmo com a Globo, que exibe o frágil “Altas Horas”. É questão de aparar as arestas.
 
 
Thiago Forato é jornalista, escreve sobre televisão há dez anos e assina a coluna Enfoque NT há quatro, além de matérias e reportagens especiais no NaTelinha. Converse com ele: thiagoforato@natelinha.com.br  |  Twitter: @tforatto
 
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