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Globo chega ao topo do pódio mesmo quando larga atrás; entenda

Canal se adapta e supera rivais até se fizer investimentos somente tardios


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Fotos: Reprodução
Por Redação NT

Publicado em 11/08/2015 às 09:47,
atualizado em 14/04/2022 às 20:11

 

O Mundial de Esportes Aquáticos de Kazan, na Rússia, é mais uma da série de demonstrações de que a aposta certeira sobre a cobertura olímpica na TV aberta recai em uma estrondosa diferença da Globo sobre as suas concorrentes.
 
Na última semana, a emissora modificou sua grade diversas vezes para exibir as competições. Luis Ernesto Lacombe e Gustavo Borges, dupla de narração e comentários do evento, interromperam os "Praça TV", esticaram o "Encontro" e foram até na estreia do "É de Casa".

Foram adaptações sutis de poucos minutos na grade, mas nunca antes realizadas. A cobertura historicamente ficava restrita aos boletins nos telejornais e programas esportivos com o enviado especial, que dessa vez foi Marcos Uchôa.

As rápidas provas não fizeram uma diferença brutal no sequenciamento da programação, mas passaram a emoção da disputa indefinida na briga pelas medalhas a um público muito mais amplo.

O curioso é que a Record, detentora dos direitos da mesma disputa no ano passado (porém em piscina curta), ignorou solenemente o evento quando o teve em mãos. Em 2016 vai ser complicado correr atrás do prejuízo.

Da parte global, fica a expectativa que essa retomada não seja apenas visando o Rio e que os Jogos no Brasil deixem um legado que permaneça nos ciclos de 2020, 2024 e assim por diante.

Em tempo

O novo modelo de programação da Globo, cada vez mais ao vivo, contribui efetivamente para essas alterações pontuais em prol de grandes eventos. Das 05h até às 15h, um simples boletim resolve a necessidade de exibição, sem ser preciso um novo programa para a realização da transmissão.

Repeteco

Não é inédita a situação do "fiho pródigo", quando a Record toma um evento da Globo por alguns anos e depois ele retorna para a TV dos Marinho com uma valorização bem maior. O mesmo já aconteceu, por exemplo, com a Olimpíada de Inverno.

1 ano

O canal carioca também demonstrou seu planejamento com a excelente integração da grade na última quarta-feira (05), quando o calendário apontava 366 dias (2016 é um ano bissexto) para o começo dos Jogos Olímpicos.
 
Além da programação local especial no Rio, a rede viu da tocha no "Mais Você" até o mascote no "Vídeo Show". Medidas simples, mas que colaboram muito para um bom clima rumo ao evento.  

Nesse pacote se inclui ainda o lançamento do bom "Balada Olímpica", com Carol Barcellos e Flávio Canto.

 

No NaTelinha, o colunista Lucas Félix mostra um panorama desse surpreendente território que é a TV brasileira.

Ele também edita o https://territoriodeideias.blogspot.com.br e está no Twitter (@lucasfelix)

 

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