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"Chapa Quente" tem estreia com Hassum contido e Tiago multifacetado

A coluna "Enfoque NT" analisa a estreia do novo seriado da Globo


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Fotos: Divulgação/TV Globo
Após 14 anos ocupando as quintas-feiras noturnas da Globo, “A Grande Família” saiu do ar em 2014 e deixou para o produto que o sucedesse a dura missão de lhe substituir à altura. Não com a mesma longevidade, já que a tendência na televisão, e principalmente dentro da Globo, é fazer com que as séries sejam mais rotativas e curtas, com o intuito de evitar o desgaste.
 
A trajetória da família Silva foi invejável, mas seu ciclo chegou ao fim. 
 
Na noite desta quinta-feira (9), a Globo estreou “Chapa Quente”, que tem como pano de fundo o salão de cabeleireiro Marlene’s, cuja proprietária é Marlene, interpretada por Ingrid Guimarães. Seu papel é cuidar do salão, da casa e também do marido Genésio, vivido por Leandro Hassum, agora visivelmente mais magro e mais comedido em cena. 
 
Ao invés dos protagonistas matarem hora e ficar de vadiagem na pastelaria do Beiçola, o novo point agora é o bar da Creuza (Ana Baird), que está situado em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Completando o time, a Globo escalou Paulinho Serra para fazer dobradinha com Hassum e Lúcio Mauro Filho se mostra ainda mais duradouro no horário. Depois de Tuco em “A Grande Família”, o ator agora faz o Sargento Bigode e conta com seu fiel escudeiro Noronha (Eduardo Estrela).
 
Tiago Abravanel mostrou mais uma de suas facetas como ator e se estabelece pela competência que tem ao se mostrar flexível para se adequar a diferentes papéis. Novos trejeitos e promessas de bordões foram bem executados. Desta vez, interpretando um cabeleireiro que trabalhou por muito tempo na Globo, mas que foi mandado embora e vê sua carreira declinar ao ver que está dando expediente num ambiente menos glamouroso. 
 
A série conta ainda com a manicure que não passa de uma chave de cadeia, Rosy (Renata Gaspar), que é noiva do traficante Godzilla (Paulo Américo). 
 
 
O primeiro episódio mostrou bons conflitos entre toda essa turma, especialmente quando o temido traficante carioca descobre que está sendo traído pela noiva com o Sargento Bigode. Com isso, acaba fugindo da cadeia para “tocar o terror” em quem lhe botou um par de chifres. 
 
Leandro Hassum, como mencionado, está menos exagerado no que diz respeito a suas caras, bocas e exclamações, que em nada lembra papéis anteriores. Ele já havia avisado em entrevistas que faria diferente desta vez.
 
Grandes campeões de bilheteria no cinema nacional, Ingrid e Leandro têm como missão agora ocupar um horário um tanto quanto difícil. Há órfãos de “A Grande Família”, mas “Chapa Quente” promete substituí-la com competência, mas não com a mesma audiência, evidentemente. 
 
Os tempos são outros e não há sentido em compará-las. “Chapa Quente” herda a audiência de uma combalida “Babilônia”, num declínio flagrante do horário e da própria Globo como um todo.
 
O seriado pegou o bastão em baixa e registrou 15 pontos na prévia  do Ibope, contra 9 do SBT e 8 da Record.

Cada ponto equivale a 198 mil telespectadores na Grande São Paulo.
 

Thiago Forato é jornalista, escreve sobre televisão há dez anos e assina a coluna Enfoque NT há quatro, além de matérias e reportagens especiais no NaTelinha. Converse com ele: thiagoforato@natelinha.com.br  |  Twitter e Instagram: @tforatto
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