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"Dupla Identidade" chega ao fim como grande acerto do ano na Globo

Antenado


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Divulgação

Chegou ao fim na noite desta sexta-feira (19), a primeira temporada - falo primeira, porque pode existir uma segunda - do seriado "Dupla Identidade", exibido pela Globo nos últimos meses com amplo destaque. E diga-se, merecido destaque.

Sou fã de seriados policias. Posso citar vários que gosto muito: "Arquivo X", "Cold Case", "CSI Miami", "Criminal Minds" e por aí a lista segue. No Brasil, não havia muitas apostas no gênero até o início da década.

De 2009 para cá, vários foram feitos e alguns foram bons, outros nem tanto. Porém, "Dupla Identidade" é o grande acerto deste gênero, não só este ano mas desde que o nosso país passou a produzir mais séries do tipo. Vale ressaltar o texto sensacional de Gloria Perez, que se redimiu daquela coisa que nem sei definir de tão ruim que foi chamada "Salve Jorge".

Um roteiro denso, correto, acima da média. Coisa de gênia. Gloria é assim: quando está inspirada, é a melhor escritora para TV que este país tem. A direção de Mauro Mendonça Filho foi de um acerto sem precedentes, dando o tom certo na fotografia, na edição e na atuação do elenco.

Falando em atores, o time de "Dupla Identidade" foi algo a parte. Não dá para não destacar Edu, interpretado por Bruno Gagliasso. O olhar dele, provavelmente, dava medo até no próprio. Para mim, Bruno encarou seu principal papel na televisão. Foi um grande maestro. Também destaco Marcello Novaes, que em um papel cheio de nuances, se saiu muito bem.

Já Luana Piovani, dos três protagonistas, foi a pior, mas isso não quer dizer que tenha ido mal. Não comprometeu e fez grandes cenas quando contracenou com Gagliasso. Também destaco aqui a atuação de Marisa Orth, que em um papel fora do sua zona de conforto, mostrou versatilidade e muita segurança.

O fim da temporada mostrou um final bastante coerente com a história e deu uma pequena abertura para a segunda temporada, se existir.

"Dupla Identidade", para mim, superou outras grande produções neste ano feitas pela Globo, como "O Rebu" e "Amores Roubados". No meu ver, "Dupla" foi o maior acerto da Globo este ano, sem sobra de dúvidas.


Gabriel Vaquer escreve sobre mídia e televisão há vários anos. No NaTelinha, além da coluna “Antenado”, assinada todos os sábados, é responsável pelo “Documento NT” e outras reportagens. Converse com ele. E-mail: gabriel@natelinha.com.br / Twitter: @bielvaquer

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