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Final da Copa do Brasil tem exibição nacional e grito de campeão ofuscado

Território da TV: Globo mostrou o jogo para todo o Brasil, menos para São Paulo


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Divulgação

A finalíssima da Copa do Brasil paralisou Minas Gerais, mas também chamou a atenção de fãs de futebol em todo o país, que acompanharam atentamente aos 90 minutos de partida no Mineirão nesta quarta-feira (26).

Quer dizer, quase. Para os estados que não adotam o horário de verão, a Globo corta boa parte da novela “Alto Astral” e um bloco do “Jornal Nacional” nas quartas para encaixar a transmissão ao vivo do futebol, mas não se salva de um habitual atraso de cerca de 10 minutos, dessa vez tendo sido de somente 3 por pura “sorte”: houve um atraso na execução dos hinos.

No momento em que a rede de transmissão se uniu, uma falta era cobrada pela equipe do Cruzeiro, o que impossibilitou a frase padrão de junção: “O Brasil inteiro ligado na Globo”, deixando o corte dos minutos iniciais mais visível.

Em 2013, quando a final foi disputada entre Flamengo e Atlético-PR, a Band também exibia o evento e começava a transmissão simultaneamente em todas as praças, o que diminuía as críticas ao atraso global. Nesse ano, o canal paulista não adquiriu os direitos da competição.

Já a Globo Minas teve tempo “sobrando” e adaptou a grade também, mas para exibir um pré-jogo desde 21h40, o que deve ter ajudado na repetição ou superação dos 42 pontos de audiência que acompanharam a primeira final.

A emissora mineira da Globo ainda levou o “MGTV” para ser ancorado no estádio do Mineirão e teve uma edição especial do “Corujão do Esporte”, exibida logo após o “JG”.

Para a rede, o “Corujão” também foi excepcionalmente ao vivo, mas na faixa habitual, depois do “Programa do Jô”.

Equipe local

Rogério Corrêa narrou os dois jogos da final, assim como Bob Faria os comentou. Ambos são da equipe titular de transmissões da Globo Minas e vem conseguindo destaque juntamente com os times do estado.

A dupla já havia feito transmissões da Taça Libertadores da América nacionalmente quando somente o Cruzeiro representava o Brasil no torneio.

Nas semifinais, os jogos dos mineiros (Flamengo x Atlético e Santos x Cruzeiro) haviam sido narrados, respectivamente, por Luis Roberto e Cléber Machado.

Dessa vez, o Rio de Janeiro acompanhou a partida, assim como a maior parte do país (somente São Paulo acompanhou o duelo entre o tricolor paulista e o Atlético Nacional da Colômbia pela Copa Sul-Americana) e “emprestou” alguns profissionais.

Eric Faria dividiu a reportagem de campo com Guto Rabelo, que é da Globo Minas, enquanto Juninho Pernambucano e Arnaldo Cezar Coelho se somaram com a equipe de transmissão.  

Sem polêmicas de arbitragem, grandes confusões ou lances empolgantes, a equipe mais debateu sobre as campanhas do ano dos times do que focou na partida em si.

Também foi destaque a lotação pequena no estádio para o porte do jogo, gerando uma reflexão sobre os altos preços praticados nas novas arenas brasileiras. Com os lugares centrais praticamente vazios, a sensação para o telespectador, até mesmo na imagem aérea, não era de clima de decisão.

Coca-Cola ofusca grito de campeão

O segundo tempo não teve acréscimos, mas a equipe de transmissão global provavelmente esperava uma posição diferente do juiz.

Pouco após os 45 minutos da segunda etapa, o Cruzeiro cobrou um escanteio. Naquela altura, o time precisava de 4 gols para vencer e a emoção já era nula, com os instantes anteriores já tendo sido focados na festa atleticana na arquibancada.

Assim que a cobrança foi para fora, o narrador deu a deixa para entrada do merchandising e o juiz deu o apito final. E a primeira mensagem ouvida enquanto as imagens mostravam a festa dos jogadores do Atlético foi “Coca-Cola: garrafa especial de Natal. Faça alguém feliz”.

Só depois o áudio constatou o que era visível: “E foi o último lance do jogo! O Atlético é campeão da Copa do Brasil!”. Veja a cena aqui.

Enquanto isso, a torcida atleticana no estádio explodia. E assim seguiu por muitos minutos. Quando Rogério Corrêa entrou ao vivo no “JG”, o festival de caretas de alegria logo atrás da cabine de vidro foi hilário.

 

No NaTelinha, o colunista Lucas Félix mostra um panorama desse surpreendente território que é a TV brasileira.

Ele também edita o https://territoriodeideias.blogspot.com.br e está no Twitter (@lucasfelix)

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