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20 anos de "Cavaleiros" lembram: sucumbimos ao politicamente correto

Antenado


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Divulgação

Eu sou meio suspeito para falar de animes, porque sempre fui muito fã das animações japonesas. Elas são diferenciadas, criativas, emocionantes e passam bem longe do politicamente correto.

Convenhamos: aqui no Brasil, há uma verdadeira febre por animes, um público em potencial que raramente é explorado pelas empresas. Joguei em minhas redes sociais, nesta última semana, a seguinte pergunta: "Qual animes pós-Cavaleiros do Zodíaco você mais gostou?".

As respostas foram variadas: "Pokémon", "Dragon Ball Z", "Sakura Card Captors", "Yu Yu Hakusho", "InuYasha", "Naruto"... Até o nunca exibido em uma TV aberta mais abrangente, "Ranma ½", foi citado. E isso mostra bem como temos um público que é feroz consumidor das animações japonesas, que acompanhariam, que dariam audiência para as emissoras. O porém dessa história, são três pontos que devemos citar, infelizmente.

O primeiro é que a restrições à publicidade infantil desaqueceu o mercado, como um todo. E todos nós sabemos: quem consome as bugigangas vindas dessas animações são crianças, não os jovens. E mesmo que o anime tenha uma pegada mais adulta, não adianta: aqui, acham que desenho é só pra criança. Afinal, se até "Os Simpsons" passa em faixa infantil, como negar isso?

O segundo é a clara decadência da programação infantil na TV aberta. O diretores brasileiros acham que criança só quer ver desenho hoje em dia. Ledo engano. "Carrossel" e "Chiquititas" no SBT, recentemente, que o digam.

Pra mim, o terceiro e grande motivo da extinção dos animes na TV - poderiam ser exibidos em outras faixas, existe condição disso - é a máxima do politicamente correto. Animes, em sua maioria, tem luta, algum sangue, e isso não é permitido hoje em dia. Algum cidadão, bem besta diga-se, deu a entender que isso traumatizaria crianças em todo o mundo.

"Os Cavaleiros do Zodíaco" tinha sangue e luta, mas é lembrado até hoje como uma ótima atração para os jovens. O problema não são os animes, o problemas somos nós. Sucumbimos ao politicamente correto. O mundo, a cada dia, fica cada vez mais chato.
 

Converse com o colunista: gabriel@natelinha.com.br

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