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Roda o VT: Carnaval passou e a televisão nem entrou no clima


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Divulgação

O Carnaval já é página virada em um ano repleto de grandes eventos. Os dias de folia, pelo menos na televisão, não deixaram saudades em nenhum folião.
 
A transmissão dos desfiles das escolas de samba precisa de melhorias. Embora no Rio de Janeiro, com Luiz Roberto, Fátima Bernardes e Tiago Leifert, a Globo tenha atingido um nível mais equilibrado entre as intervenções dos comentaristas e o samba na avenida, em São Paulo a cobertura não é mais do que um talk show tendo o desfile como pano de fundo. Em ambas, ouve-se mais o falatório, nem sempre relevante, e menos o samba-enredo.
 
O grande problema, porém, é a falta de programação voltada à valorização do principal produto que, imagina-se, seja o desfile. Ou a festa dos trios elétricos, para as emissoras que se voltam à festa no Nordeste. À parte dos trios elétricos e do sambódromo, não se vê confete e serpentina em nenhum outro programa. Nem uma espécie de preparação carnavalesca nas semanas que antecedem a data.
 
Os saudosos certamente se recordam da Rede Manchete, que fazia do Carnaval um de seus pontos altos anuais. Fazia o "esquenta", reunia os sambistas, e transmitia desde os concursos de fantasias até os bailes de salão.
 
Talvez aí esteja a razão da mesmice que tem acometido o Carnaval na televisão: a falta de concorrência na sua cobertura.
 
Por falar em concorrência...

 
A briga por audiência no fim de noite se acirrou com a estreia do "The Noite", de Danilo Gentili, no SBT, e a volta do reformulado "Agora é Tarde", na Band, sob o comando de Rafinha Bastos. A emissora de Silvio Santos, por enquanto, saiu na frente: recebeu um programa praticamente pronto, já conhecido do público, e bem avaliado pelos anunciantes.

O mais importante, porém, foi o "The Noite" ter conseguido agregar os antigos telespectadores da emissora anterior, que mudaram de canal, para acompanhar o novo talk-show, e a eles acrescentou a audiência cativa do SBT.
 
Curiosamente, quando Jô Soares se transferiu da Globo para o SBT, no longínquo 1987, tanto o humorista quanto Silvio Santos esperavam a migração da plateia do antigo "Viva o Gordo" para o novo "Viva o Gordo". A Globo segurou seu Ibope lançando a sessão de filmes "Tela Quente", deixando Jô com a "liderança absoluta do segundo lugar", como a publicidade do SBT passou a destacar na época. Silvio se irritou e questionou em seu programa a medição de audiência.
 
Desta vez, o Patrão não terá do que reclamar.

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