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Enfoque NT: A guerra entre quem ama e quem odeia o "BBB"


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Divulgação/TV Globo

O “Big Brother Brasil 14” já começou. E com ele, as guerras nas redes sociais de quem assiste ao programa contra quem não assiste. Chega a ser um verdadeiro tormento ver sua página (timeline) com pessoas esculhambando com quem acompanha ao "BBB", e aos que acompanham, detonando os que falam mal do programa.

Essa troca de farpas perdura há muito tempo, quase desde a época em que o reality de confinamento existe. Desde que o “Big Brother” é “Big Brother”. O gênero começou no SBT, com a “Casa dos Artistas”, em 2001. Silvio Santos teve o formato original nas mãos, e não assinou contrato com a Endemol porque achou que era caro. Não compensava. Deve estar arrependido até hoje.

Recorde de faturamento

A cada ano que passa, o programa bate recorde de faturamento. Neste ano, a Globo comercializou seis cotas de patrocínio. Cada uma rende à emissora uma bagatela de quase R$ 27 milhões. O que gera cerca de R$ 160 milhões apenas com patrocínio. O reality ainda realiza várias ações de merchandisings - só na última edição, foram quase 550 - e anúncios nos intervalos comerciais.

Televisão é entretenimento

A função da televisão é entreter. Ninguém fica burro ou ignorante por assistir “Big Brother”. Acéfalos são aqueles que se acham mais inteligentes por não assistirem ao “Big Brother”. É um complexo de superioridade inexplicável. Esse sim é o verdadeiro pretensioso.

Não, não estou defendendo o programa. O que estou defendendo é a liberdade de escolha. A democracia do controle remoto. Condenar alguém por assistir determinado produto na televisão é reprovável, e muitas vezes, de uma hipocrisia aguda e impetuosa.

Muitos do que dizem preferir ler um livro ou falar o clichê, de que o programa é uma futilidade, são aqueles que ficam espiando a vida do outro no Facebook ou expondo a sua própria em formato de fotos, sem nada, absolutamente nada de útil para acrescentar.

Desgaste

Com 12 anos no ar e na décima quarta edição, o esgotamento da fórmula é inevitável. Evidente. Mas ainda é a atração mais rentável da Globo no verão em termos de receita e repercussão. Além de garantir uma respeitável audiência. Muito aquém do que já foi um dia em números, mas todos os programas da emissora caíram de forma considerável. Isso em índices no Ibope, porque a quantidade de conteúdo que as pessoas acessam referentes ao programa é assustadora.

Diante de tudo isso, se você fosse diretor de televisão, e tendo o “Big Brother Brasil” nas suas mãos, o deixaria fora da programação? A resposta chega a ser burlesca e jocosa. Claro que não.

Mas, bater no “Big Brother Brasil” é muito fácil. É chover no molhado.


A coluna agora contará com edições às terças, quintas e domingos. Fique ligado! Relembre todas.

Contatos do colunista: thiagoforato@natelinha.com.br - Twitter: @Forato_

 

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