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O Observador: O "Show da Vida" não é fantástico faz tempo


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Divulgação
Mais uma mudança no quadro de apresentadores do “Fantástico” acontecerá na noite deste domingo (06). Mais do que somente uma mudança, o fato denuncia o que há muito tempo é claro, principalmente por entre os telespectadores: a revista eletrônica da Globo segue numa fase de turbulência sem data para terminar.
 
A decisão de mudar novamente sua apresentadora é equivocada, muito embora seja extremamente necessária. Para estar à frente do “Fantástico”, tem que ter um certo prestigio dentro do cenário jornalístico nacional. O público cobra isso. Os apresentadores que passaram pela atração – Glória Maria e Pedro Bial, para citar os mais recentes – impuseram isso sem querer.
 
Renata Ceribelli, por mais carisma que possa ter, jamais possuiu “cacife” suficiente para assumir esta vaga. Foi um erro consertando outro erro (o de ter colocado Patrícia Poeta no comando). Apesar disso, espera-se, naturalmente, que, não tendo “bagagem” para assumir o “Fantástico”, a pessoa ganhe ao longo dos anos. Com as constantes trocas, isso também ficou impossibilitado de acontecer.
 
Agora, assumirá o posto de apresentadora do “Show da Vida” a brilhante Renata Vasconcellos, considerada por muitos a jornalista que deveria ter ficado com a vaga de Fátima Bernardes no “Jornal Nacional”. Mas convenhamos: Tadeu Schmidt enfraquecerá a dupla. Ele não é o mais adequado para estar no posto, não importa o esforço que a Globo faça para tal.
 
A grande verdade disso tudo é que no mês em que completa 40 anos no ar, o “Fantástico” ainda tenta se reconstruir após o estrago que a saída de Glória Maria causou.
 
Essa troca de apresentadores, como se a cada dois anos alguém fosse ser testado para ver se “dá conta” da missão, é muito pouco para um programa que reinou absoluto nas noites de domingo por tanto tempo. É gritante a instabilidade. Assim como eloquente é também o desespero da Globo para tentar reverter a situação. Tantas mudanças assim não fazem bem ao “Fantástico”.
 
Que nesses 40 anos, o programa reflita quais serão os meios de voltar a ter um “corpinho de 20”.  O show da vida não é fantástico faz tempo. 
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