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O Observador: Não vale a pena ver de novo "O Cravo e a Rosa"


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Divulgação/TV Globo

A opção por reprisar “O Cravo e a Rosa” em suas tardes a partir desta segunda (05) mostra que resultados ruins não conseguem servir de ensinamento para a TV Globo. Mais do que isso, escalar a novela, sucesso no início dos anos 2000, é assinar um termo aceitando um novo recorde negativo de audiência no horário – depois de “Da Cor do Pecado” e “O Profeta”.

Enquanto todo o público da TV vem pedindo a reprise de sucessos que ainda não foram reapresentados, a Globo rema contra a maré novamente e coloca nas suas tardes novelas que, definitivamente, não valem a pena serem vistas de novo. Não por serem ruins, longe disso, mas porque hoje em dia, o telespectador entende o poder de ter o controle nas mãos. E tem opção.

Colocar uma reprise de reprise novamente – “Da Cor do Pecado” foi reprisada duas vezes, mesmo índice de “O Profeta” –, além de escolher uma novela absolutamente ultrapassada, antiga e talvez inadequada aos novos tempos, é um tapa na cara de quem pediu “Cobras e Lagartos”, um dos maiores sucessos da história do horário das 19h, que segue sem ganhar uma reapresentação no horário da tarde.

O fato de ignorar o desejo do telespectador talvez explique a decadência do “Vale a Pena Ver de Novo” nos últimos anos: a faixa bateu dois recordes negativos, em números de audiência, com as duas últimas tramas reexibidas. Números capazes de comprometer toda a grade vespertina da Globo, como “Vídeo Show” e “Sessão da Tarde”.

Curiosamente, “Chocolate com Pimenta”, que antecedeu o folhetim de João Emanuel Carneiro no horário de novelas vespertino, também estava sendo reprisada pela segunda vez e teve baixo desempenho no Ibope. Difícil entender os critérios que levam a essas escolhas, ou as justificativas que caberiam.

O “Vale a Pena ver de Novo” é um serviço indispensável à TV aberta no Brasil, mas não vem fazendo jus ao nome nos últimos anos, e o telespectador cobra isso.


Comente o texto no final da página. E converse com o colunista: brenocunha@natelinha.com.br / Twitter @cunhabreno

 

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