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Roda o VT: "Amor e Revolução" foi a novela certa na hora errada?


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Cláudio Lins e Graziella Schmitt protagonizaram "Amor e Revolução - Divulgação

Em 2011, o SBT estreou com grande alarde "Amor e Revolução", novela de Tiago Santiago com viés político, que se passava no período do regime militar. Torturas, presos políticos, perseguições a grupos subersivos e a tensa relação entre militares e guerrilheiros adicionada aos conflitos familiares e romances proibidos foram os ingredientes da trama.
 
A novela nunca decolou como o esperado e um dos motivos detectados pela emissora em pesquisas com grupos de telespectadores teria sido a dificuldade do público de conseguir visualizar a autoridade como vilã e o militante clandestino como mocinho.
 
Atualmente, porém, os noticiários têm criticado a postura da polícia ao reprimir com violência os protestos públicos. Será que esta realidade, inexistente quando a novela fora exibida, teria facilitado um pouco a aceitação do trabalho de Tiago Santiago? Vale lembrar que o autor está de saída do SBT.

As revelações de João Kleber

Já é bem conhecida e entendida a fórmula do "Você na TV", matinal de João Kleber na RedeTV!. Copiando o formato já utilizado pelo apresentador e humorista anos atrás, na mesma emissora, mas em período vespertino, o programa busca fisgar a audiência pelo suspense da revelação bombástica de um segredo íntimo que envolve algumas pessoas, geralmente casais ou parentes.
 
Muito tempo e esforço é direcionado para envolver o telespectador com o mistério que será anunciado. Apresentam pistas, praticamente como se fosse um jogo de charadas envolvendo o tal enigma. O programa somente tem evitado instigar brigas e trocas de ofensas entre os participantes, por conta do horário em que é exibido.
 
E após a longa e, às vezes, enfadonha, espera, entre um anúncio publicitário e outro, a revelação é feita e o programa é encerrado, até com uma certa pressa. Sem desenvolvimento ou discussão sobre o problema, apenas com algum comentário do tipo "eles vão ter que conversar e se entender", mais nada.
 
Claro que o "Você na TV" não se propõe a ser um consultório ou um divã televisivo. No entanto, tanto suspense pela revelação de um segredo e, no final, pouco ou quase nenhuma abordagem sobre o impacto disso na vida das pessoas, deixa uma sensação de que as tramas poderiam ser melhor desenvolvidas.
 
Corta pra dezoito

O pessoal do "Pânico na Band" deve estar muito agradecido por estar em uma emissora que permite que eles cometam as maiores barbaridades, muitas vezes de gosto bastante duvidoso, no estúdio equipado com o chroma key.

Os humoristas não chegaram ainda ao ponto de causar a destruição do estúdio virtual, mas não estão muito longe disso. Dificilmente alguma produtora de vídeo, se soubesse o que seria feito, deixaria que gravassem o quadro "A Turma do Marcelo Sem Dente" em suas instalações.
 
O pessoal da limpeza é que não deve ficar muito satisfeito com eles.


Hamilton Kenji é titular dos blogs obaudosilvio.blogspot.com, letrasdotrem.blogspot.com e transcendentes.blogspot.com
 

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