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Olhar TV: Adoráveis mulheres


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Fotos: Divulgação

Desde a estreia do canal, esta é segunda vez que o Viva reprisa "A Casa das Sete Mulheres" e eu sou uma das telespectadoras que não se cansa de acompanhar essa bela minissérie.

A produção foi ao ar pela primeira vez em 2003, na TV Globo, em uma adaptação do romance de Letícia Wierzchowski escrita por Maria Adelaide Amaral. Sua história tinha como pano de fundo a Revolução Farroupilha, realizada no Sul do Brasil.

No entanto, a trama ganha gás ao retratar as aventuras - ou desventuras - amorosas da vida das jovens, filhas dos conservadores estanceiros gaúchos do século XIX, e suas dificuldades em viver em confinamento durante a guerra.
 
Como se constrói um sucesso
 
A trama começa com o estouro da guerra entre os soldados Farroupilha e os Imperiais. A tropa de Bento Gonçalves (Werner Schünemann) sonha com a proclamação da república e, consequentemente, a libertação de todo o estado sulista.

No início da história, Rosário (Mariana Ximenes) é perseguida por dois soldados inimigos e quando está prestes a ser estuprada, é salva por Capitão Estevão (Thiago Fragoso). Os dois se apaixonam, mas como ele é um imperial, o casal passa a viver um romance proibido.

Por segurança, Dona Caetana (Eliane Giardini), Dona Maria (Nívea Maria), Manuela (Camila Morgado), Rosário, Mariana (Samara Felippo) e Perpétua deixam Pelotas para se juntar à Dona Ana Joaquina (Bete Mendes) na Estância da Barra, junto das crianças e de empregados, enquanto os homens estão em combate.

Assim dá-se início à trajetória dessas sete mulheres que, isoladas do resto do mundo, sonham com o fim da guerra, na esperança de ter seus familiares e amores de volta com vida.   

Porque atrás de um grande homem há sempre uma grande mulher, mas nem sempre com um final feliz
 
- A Casa das Sete Mulheres é narrada através do diário de Manuela, uma personagem real. A sobrinha de Bento Gonçalves se apaixona por Giuseppe Garibaldi, revolucionário italiano, mas a falta de coragem em acompanhá-lo na guerrilha a torna uma mulher solitária e sofrida pelo resto da vida. Enquanto ele conhece Anita Garibaldi (Giovanna Antonelli), com quem se casa e tem um filho, a doce Manuela nunca se casou, ficando conhecida na região como sua eterna noiva;
 
- O romance entre a jovem Rosário e o Capitão Estevão também é uma das passagens mais tristes da história. Ele morre pelas mãos de Afonso Corte Real (Murilo Rosa), soldado a quem ela era prometida, mas continua aparecendo para a amada. Perturbada com sua presença, a jovem se enclausura em um convento, morrendo em seguida literalmente de amor;
 
- Mariana, a mais espevitada das quatro jovens, se “perde” nos braços do índio João (Heitor Martinez) e é expulsa de casa por sua mãe, indo morar na estância de Dona Antônia (Jandira Martini), sua outra tia;       
 
- Conforme Manuela previu, Perpétua se apaixona por Inácio (Marcello Novaes), um homem casado. Porém, como sua esposa é muito doente, antes de morrer ela abençoa a relação dele com a filha de Bento Gonçalves e os dois se casam no final da trama. Pode-se dizer que a jovem foi a única com um final feliz.                
 

Tatiana Bruzzi é colunista do NaTelinha e editora dos blogs: www.blogespetaculosas.blogspot.com e www.eueumesmaemeusfilmes.blogspot.com

 

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