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O Observador: No que a Record transformou Gugu Liberato


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Divulgação/TV Record

Há algumas semanas estamos acompanhando a situação a que a produção do “Programa do Gugu” se prestou. O fato de querer insistir com o drama do anão Marquinhos faz com que lembremos quem era Gugu Liberato há 10 anos e o que se tornou esse apresentador – ou no que a Record o transformou, caso alguém prefira desta forma.

Os produtores do “Programa do Gugu”, ao perceberem que com o anão do “Balanço Geral” conseguiram dar à atração grande audiência, não conquistada há muito tempo, além de tirá-lo da crise na qual se encontrava, absorveram que só o anão é capaz de salvá-lo. Nesse último domingo (14), resolveram dar um carro para o rapaz.

A situação, ainda na primeira vez que levada ao ar, poderia servir de trampolim para que Gugu voltasse a brilhar, se transformou tão somente numa poeira que vai apagando cada vez mais a bonita história do apresentador. Gugu não brilha mais, não tem mais o mesmo público e parece se transformar em apenas mais um apresentador brasileiro, no meio de incontáveis outros.

O que se pode perceber ao analisar essa superexploração do anão, em busca de audiência, é que Gugu Liberato é muito grande para caber na Record. Só quem assistia ao seu programa no SBT pode ter ideia de como a Record modificou o apresentador.

Gugu perdeu a espontaneidade que o caracterizava em várias outras atrações que apresentou, sua direção, pressionada por bons resultados, que minimamente façam jus ao milionário salário do apresentador, não consegue deixar o programa leve e faz com que ele cada vez mais se deixe seduzir pela audiência fácil, que não necessariamente vem acompanhada de qualidade.

Outra coisa a se notar é o fato do “Programa do Gugu” querer enganar o público. Todo mundo sabe que o anão Marquinhos já não morre de fome e tem um alto salário dentro da emissora. Ele não precisa mais de ajuda.

Se a produção da atração dominical da Record acha que seguir explorando a miséria alheia é um bom caminho para voltar aos tempos de sucesso, se engana. Primeiro porque, ainda que fosse o único, não seria um bom caminho. Segundo por um detalhe: o público já provou que assistir uma edição do “Programa do Gugu” não significa retornar no domingo seguinte. Prova disso se tem quando se olha o resultado das últimas três semanas no Ibope.

A Record só vai ter o melhor de Gugu Liberato quando der a ele tranquilidade para trabalhar. Seu currículo fala por si só. Mas o tempo é impecável e já provou que é capaz de apagar muita coisa.

Gugu é o mesmo de 10 anos atrás? Se a resposta for não, tem alguma coisa de errado aí. Pois não foi esse que o canal quis contratar?

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