Colunas

EnfoqueNT: "O Brado Retumbante" termina com gosto de "quero mais"


img20120130104530.jpg
Divulgação/TV Globo

Chegou ao fim na última sexta-feira (27) mais uma minissérie da TV Globo, exibida em oito capítulos: "O Brado Retumbante". O texto foi escrito por Euclydes Marinho com a colaboração de Nelson Motta, Guilherme Fiuza e Denise Bandeira.

O roteiro fora feito em 2009, com a intenção de que o projeto saísse do papel em 2010, mas por conta de que estaríamos às vésperas das eleições presidenciais, a Globo preferiu colocar a minissérie este ano.

A história gira em torno de Paulo Ventura (Domingos Montagner), que tem que assumir o posto de Presidente da República, quando um acidente aéreo mata o atual presidente e seu vice. Até então, Paulo era presidente da Câmara dos Deputados. Logo, o protagonista tem 15 meses de mandato pela frente.

É importante ressaltar que a história de "O Brado Retumbante" é fictícia, embora tenha semelhança com o cenário político que vivemos. É impossível não fazer um paralelo das situações mostradas na minissérie - como a queda de ministros por corrupção - com o que assistimos e lemos diariamente em telejornais, internet, etc.

No enredo, Paulo Ventura é um presidente absolutamente incorruptível e por conta disso, faz inimigos na política, sendo vítima de atentados e sofrendo falsas acusações de corrupção. Sua mulher, Antônia (Maria Fernando Cândido) lhe dá apoio incondicional como primeira-dama e procura ser uma esposa ideal.

Contudo, Paulo é homem, ser humano, e têm seus defeitos. Ventura é extremamente mulherengo e não pode ver um rabo de saia - fato este que deixa Antônia ensandecida. Além da fidelidade, Ventura também tem que lidar com um outro problema: seu filho é transexual.

Destaque para as atuações de Maria Fernanda Cândido como primeira-dama, e o próprio "presidente" Domingos Montagner. Atuações impecáveis. Domingos caiu como uma luva para o papel e por não ser um rosto tão conhecido até então, deu uma maior veracidade ao papel encarnado por ele. Já José Wilker, que viveu o rival do presidente, o deputado Floriano, não passou despercebido. Representou um político corrupto perfeitamente bem, com todo respeito, é claro.

O capítulo final, no entanto, deixou aquele "gostinho de quero mais" e para quem estava acompanhando desde o começo, acabou frustrado. Não houve um desfecho satisfatório, o que abre uma possível brecha para uma, quem sabe, segunda temporada. Muito difícil, levando em conta os números de audiência - o penúltimo capítulo obteve uma média de apenas 10 pontos no Ibope, contra 12 da Record. Uma pena. O povo tem o que merece.

A minissérie substituiu "Dercy de Verdade" e para substituí-la, a Globo lança nesta semana a nova temporada de "Amor & Sexo", às terças, com Fernanda Lima; a série "As Brasileiras" na quinta e a volta do "Globo Repórter" às sextas.

 

Converse com o colunista. Envie um e-mail para thiagoforato@natelinha.com.br ou fale pelo Twitter: @Forato_

Mais Notícias

Enviar notícia por e-mail


Compartilhe com um amigo


Reportar erro


Descreva o problema encontrado