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OlharTV: Mas quando me lembro são anos dourados


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Felipe Camargo e Malu Mader em cena de Anos Dourados - Divulgação

Mesmo correndo o risco de me tornar piegas ou repetitiva, sou obrigada a ressaltar que o canal Viva (que acaba de completar um ano) é um grande presente em nossas vidas.

Se não bastasse surgir com a reprise de humorísitcos e novelas, ele ainda coloca em sua grade minisséries. E, atualmente, trouxe de volta uma belíssima e muito querida. Estou falando de Anos Dourados, minissérie de Gilberto Braga.

Exibida originalmente em 1986, a minissérie retratava a família classe média, tradicional e conservadora, da década de 50. Uniformes dos colégios Militar e Instituto de Educação, modelitos rabos-de-peixe, vestidos colados, a voz aveludade de Nat King Cole e os primeiros acordes do rock and roll, eram apenas alguns detalhes que enriqueciam essa história, cujo foco era o bairro da Tijuca, zona norte do Rio.

Em sua trama pricipal, o romance proibido entre dois jovens. Marcos (Felipe Camargo), um aluno do colégio militar, cujo pai era músico e a mãe, caixa em uma casa noturna. Por serem separados, o rapaz sofria preconceito da sociedade.

Já Maria de Lourdes (Malu Mader), era filha de um médico com uma respeitosa dona de casa, e estudante do Instituto de Educação. Os dois se conhecem durante um baile e começam a traçar uma história de amor proibido, por conta da diferença social entre eles.    

Paralelo a isso, Anos Dourados trouxe a tona discussões como sexualidade, divórcio, adultério e preconceito social, entre outros temas e costumes, presentes em uma sociedade oprimida pela hipocrisia da época.

Sua abertura era embalada pela canção homônima de Tom Jobim, apenas em som instrumental, já que Chico Buarque, responsável pela letra, não entregou o poema a tempo da estreia.

A minissérie fez tanto sucesso que, por dez anos, foi considerada a produção de maior audiência da história, perdendo o posto em 1994, para Memorial de Maria Moura.

Anos Dourados já foi reprisada pela TV Globo em 1988 (versão na íntegra e compactada – 20 capítulos), em 1990 (versão compactada – 10 capítulos) e em 2005, pelo canal Multishow.

Seu último capítulo mostrava o desfecho na vida das princiais personagens, anos depois. Porém, em suas reprises, ele não foi exibido dessa forma, e sim flashback de cenas embaladas pelo tema “Anos Dourados”, na voz de Maria Bethânia. O origial só pode ser visto no DVD, lançado em 2003. 

Um dos grandes presentes na produção é rever o trabalho de atores já falecidos, como Yara Amaral, Jece Valadão e José Lewgoy. Além de jovens promissores na época como Malu Mader, Felipe Camargo, Taumaturgo Ferreira, Antonio Calloni, Bianca Byington e Paula Lavigne.

Em 1992, Gilberto Braga lançou Anos Rebeldes, minissérie também de sucesso considerável. Só que desta vez focada na década de 60, onde jovens lutavam a favor da liberdade e contra a ditadura militar. Malu Mader mais uma vez foi a protagonista da historia.

 

Tatiana Bruzzi é colunista do NaTelinha e editora dos blogs:

www.blogespetaculosas.blogspot.com

www.eueumesmaemeusfilmes.blogspot.com

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