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Luz do Sol cumpre seu papel


Endrigo Annyston - MTB 49285/SP
eannyston@yahoo.com.br

Nesta terça-feira chega ao fim uma das novelas mais bacanas do ano – e isso é até milagre, pois a safra de folhetins, talvez pela variedade de opções, está cada vez mais fraca. Luz do Sol não é um fenômeno de audiência, e a culpa, desta vez, é da emissora que a veicula. A Record colocou o folhetim para brigar com o principal produto da Globo, e isso é um tremendo erro.

Inteligentes eram os tempos em que a emissora colocava suas produções para brigar ou com a novela das sete, que andam na corda bamba, ou com o Jornal Nacional, afinal de contas, sempre foi o melhor horário para lançar novelas fora da Globo. Nessa época, usavam o Tudo a Ver para preencher esse espaço entre uma novela e outra. Apesar de tudo, Luz do Sol brigou bravamente e conquistou índices pra lá de satisfatórios para a rede.

E, comparando-a com a festejada Caminhos do Coração, apesar da audiência inferior, tem muito mais qualidade, principalmente no que diz respeito ao texto. Apesar dos belos efeitos especiais, Caminhos carrega na linguagem “mamãe aprendi a falar”, e isso afugenta o telespectador mais exigente.

Já Luz do Sol, descoberta pelo colunista que vos fala nos momentos finais, era um folhetim que valia a pena ser seguido, contudo, só pôde ser notado com o final de Paraíso Tropical, como uma opção para os que não se identificaram com Duas Caras.

O melhor da trama de Ana Maria Moretzsohn, e isso não poderia deixar de ser, é o casal Tom e Verônica. Desde o começo as trapalhadas dos personagens muito bem interpretados por Paloma Duarte e Petrônio Gontijo são uma delícia. É incrível a veracidade que eles passam, a impressão que dá, é que são verdadeiramente apaixonados um pelo outro, tamanho é o empenho dos dois. E esse amor, somado ao fato de cometerem uma loucura atrás da outra, tornam suas cenas um tremendo sucesso.

A criatividade de Ana Maria atingiu o clímax no penúltimo capítulo, durante o casamento dos dois, quando Tom perde a roupa do casamento, é parado por um guarda enquanto dirigia pelado, ou quando Verônica quase é seqüestrada e depois cai com a cara na lama. E ainda, Priscila (Luiza Curvo), se jogando em um lago para pegar o buquê da noiva. São coisas simples, e que fazem a diferença. E é isso que está faltando nas telenovelas: inventam tanta coisa desnecessária, e se esquecem que o que vale mesmo, é uma boa história, e não mutantes, caubóis do velho oeste e afins.

Sendo assim, parabenizo Ana Maria Moretzon pela novela, é uma “água com açúcar” que valeu a pena. E, apesar dos pesares, também felicito a Record, por mais uma vez se mostrar ousada ao passar o bastão para uma novata, Gisele Joras, que entra em cena com Amor e Intrigas. Boa sorte.

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