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Maria Esperança: Um remake que valeu a pena


Endrigo Annyston - MTB 49285/SP
eannyston@yahoo.com.br

Todos sabemos como é grande a responsabilidade de quem faz um remake. Simplesmente todos - elenco, direção, produção - são comparados ao do original. Se existirem fãs então, a situação é ainda mais complicada. Isso não acontece somente com as telenovelas, pois basta relembrar o caso recente da decepção que foi a versão cinematográfica de O Código Da Vince.

Entretanto, Maria Esperança, folhetim que se despede dos telespectadores no SBT, escapa praticamente ilesa de críticas desfavoráveis. A novela está longe de ser um sucesso de audiência, e muito mais distante ainda de ao menos estar em um patamar confortável. Ocupou a terceira posição no ranking dos mais vistos em São Paulo desde a estréia, com médias que variavam entre 7 e 8 pontos, um dos menores índices dentre todas as tramas já exibidas pelo canal.

A diferença vem justamente por uma questão que há muito tempo essa coluna discute: não é a qualidade de uma produção que atrai o telespectador. Recentemente tivemos exemplos claros disso: as novelas Força de um Desejo, da TV Globo, e Essas Mulheres, da TV Record, são duas das melhores já exibidas pela TV nacional, e, no entanto, tiveram audiência pífia, aquém do merecido. Fora do circuito novelístico, encontramos o Atualíssima da Band dando traço de audiência, enquanto o famigerado Márcia chega a cinco, e as vezes ultrapassa a concorrência. A situação se repete no SBT: Hebe dá cinco e o Sem Controle, dois dígitos.

Voltando ao tema dessa crítica: dentre as qualidades de Maria Esperança, como não poderia deixar de ser, está a interpretação da vilã-mor: Tânia Bondezan pode entrar para a história da TV como uma das atrizes que melhor atuou como vilã. Não bastasse tudo o que ela fez durante a trajetória da novela, ainda sai de cena esbanjando talento.

Os momentos em que Tia Malvina enlouqueceu de vez, foram de uma sensibilidade tal, que foi impossível não ficar vidrado e, além disso, impressionado com o que se via. A loucura não ficou visível por gestos ou gritos histéricos, apenas pelo silêncio, o que é ainda mais difícil. E se isso se tornou perceptível aos olhos do público, foi graças a Tânia Bondezan, que ouso dizer ter sido o melhor de Maria Esperança.

A novela teve ainda outras atuações marcantes, e a coluna não citará para não esquecer alguém. Mas cabe dois comentários: Bárbara Paz, apesar de ser uma grande atriz, ficou devendo como Maria, justamente pela comparação com a personagem de Thalia, que era mais travessa e divertida - faltou o lado “moleca”. E a irmã dela, Isabel, teve a interpretação decepcionante de Greta Antoine, sempre citada por Cena Aberta por precisar de direção.

A coluna de hoje, dessa forma, fica dedicada à Tânia. Uma salva de palmas!

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