Há um ano, BBB20 quebrava protocolo e informava brothers sobre a pandemia
Tiago Leifert conversou com infectologista para avisar brothers sobre cenário no mundo
Publicado em 16/03/2021 às 14:14,
atualizado em 16/03/2021 às 14:29
Em 16 de março de 2020, há exatamente um ano, o BBB20 quebrava o protocolo para informar aos brothers da crise sanitária que estava começando no Brasil e no mundo com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Tiago Leifert, ao lado do infectologista Edimilson Migowski, falaram sobre a doença que estava tomando conta do planeta e que levava diversas partes à quarentena e isolamento social.
Entrando na oitava semana, aquele paredão contava com Babu Santana, Pyong Lee e Mari González. Logo de cara, Leifert avisou que não haveria Jogo da Discórdia e aos conspiratórios que também não era paredão falso. "Talvez vocês até lembrem dessa história, em dezembro do ano passado, vocês ainda não estavam confinados, surgiu um novo vírus de resfriado na China. Não sei se vocês lembram disso, numa cidade chamada Wuhan. Como ele é novo, as pessoas não tem defesas naturais. Não temos anticorpos e aos poucos foi se espalhando pelo mundo todo e recentemente chegou ao Brasil", iniciou.
Os participantes logo começaram a se desesperar, mas o apresentador tratou de tranquilizá-los ao dizer que estavam todos bem e saudáveis. "Mas, nosso papo hoje é sobre prevenção. Para a imensa maioria das pessoas, esse vírus se manifesta como um resfriado ou grupo. Mas não pode ser subestimado", informou o titular do BBB, descrevendo quem são as pessoas do grupo de risco.
O aviso de Tiago Leifert no BBB20
"Outro problema: o vírus é muito contagioso. É fácil de pegar e fácil de transmitir. Se a gente pega esse coronavírus novo, os hospitais não tem como dar conta da quantidade de gente doente", dizia Leifert.
O apresentador explicou que o mundo inteiro estava se mobilizando para evitar o contágio. "As pessoas vão pegar. Ele é muito contagioso. Precisamos fazer um sacrifício temporário", seguiu ele, adiantando que a plateia a partir daquele paredão estaria suspensa. As famílias também não estariam mais no reality em noite de eliminação.
Tiago Leifert chamou o infectologista Edimilson e o cumprimentou com o cotovelo, o que já se tornava uma tendência. O profissional ensinou como se deve lavar as mãos adequamente e tranquilizou a todos, dizendo que o público queria entrar na casa do BBB20. "É o local mais seguro", brincou o apresentador.
Migowski lembrou que há sete tipos de coronavírus e quatro circulam no Brasil. "Nesse momento, esse vírus está se comportando como o vírus da gripe, mais agressivo nessa turma com mais de 60 anos. Essa turma do BBB é muito jovem, então não vão ter problemas. As crianças tem sido mais os vetores. Por isso, nesse momento as escolas suspenderam as atividades, e vai se reavaliando de acordo com o movimento do vírus", revelou.
As perguntas dos brothers
Gizelly Bicalho perguntou quantas pessoas haviam morrido vítimas do Covid-19. "A gente tem um óbito só", respondeu Leifert, reiterando que nem todos estavam testados e muitos acreditavam que estão com sintomas de gripe e acabam deixando pra lá. "Temos poucos mais de 200 casos no Brasil, ainda é pouco. A gente tem a oportunidade de fazer alguma coisa antes de outros países. Temos a oportunidade de nos prevenir. Não tem um monte de gente doente. Ainda", continuou.
O programa resolveu aumentar o limite de água aos participantes, já que uma das formas de higienização das mãos. Essa atitude visava chamar a atenção dos confinados durante a competição sobre a importância da higiene.
"Queria comentar que a gente não está cometendo os mesmos erros que talvez a Itália tenha cometido", opinou o infectologista, afirmando que Espanha e Itália estavam em situações mais graves na Europa.
Início da pandemia
O discurso de Tiago seguiu e lamentou que o brasileiro não estivesse levando a doença a sério. "As praias hoje estavam lotados. A gente chama de quarentena, mas não é aquela quarentena de ficar 40 dias em casa. É aquela auto-quarentena voluntária, de você sair só quando é extremamente necessário. As pessoas precisam respeitar as autoridades e os médicos", disse naquela segunda-feira.
O titular do BBB afirmou que se tratava de um esforço temporário e a Globo já havia diminuído as equipes. "Quando você fala em pandemia, vem aquela coisa do filme, de ficção, de um monte de gente morrendo. Mas não é isso de forma alguma. Não é pânico", pontuou o infectologista.
"Vocês estão no lugar mais seguro do Brasil. As pessoas até brincam fazendo meme que querem entrar aí com vocês. "Assim que voltarmos com plateia, a gente avisa vocês. A gente espera que passe em duas semanas. Talvez demore um pouquinho mais", acrescentou Leifert.