Lenha pra queimar

Dias contados? Como o BBB ganhou sobrevida após incertezas e voltou a encantar

BBB vai completar 20 anos em 2022 e mostra ainda ter fôlego


Pedro Bial e Tiago Leifert
Pedro Bial comandou o BBB por 16 temporadas; Tiago Leifert está em sua quinta - Divulgação/TV Globo

O BBB21 estreou na última segunda-feira (25) na Globo, mas poucos apostavam na sua longevidade em meados da década passada, quando o reality dava claros sinais de desgaste. O formato vinha em audiência decrescente depois do BBB14, cuja média geral só é maior que a do BBB19 -21,7 pontos ante 20,3 da edição 2019-, e muitos já vislumbravam o que poderia entrar no lugar do Big Brother durante o verão.

O grande estopim foi o BBB19, apontado por muitos como a pior temporada do reality. Para o BBB20, a Globo teria que dar um chacoalhão no programa, o que de fato acabou conseguindo com a introdução de novos elementos e dinâmicas, tornando o jogo mais quente e atrativo aos olhos do público.

Lançado em tempos onde a Casa dos Artistas (2001-2002) era uma mania nacional no SBT, o Big Brother sempre confinou anônimos no Brasil. Embora uma ala da emissora fosse favorável a produção de uma temporada VIP com famosos, que ocorre em Portugal, Itália e outros países, o artifício sofria resistência.

A ideia de produzir uma temporada All Stars, que confina ex-participantes, também começou a ter adeptos a partir de 2010. Tanto é que Marcelo Dourado, ex-BBB4, é quem venceu o programa, quando teve uma nova oportunidade ao lado de outros veteranos. A fórmula se repetiu em 2013 e há quem defenda a ideia na próxima temporada, quando o formato completa 20 anos na Globo.

Dias contados? Como o BBB ganhou sobrevida após incertezas e voltou a encantar

Capa bonita, mas conteúdo reaproveitado

Como ainda é muito cedo para falarmos de Grupo Camarote, Pipoca e Veteranos para o BBB22, vamos nos ater ao que o BBB20 foi capaz de fazer: dar sobrevida a um reality que possivelmente estaria dando seus últimos suspiros.

Com uma capa e design mais modernos, o BBB20 conseguiu praticamente enterrar a discussão sobre associar o nível de inteligência do telespectador que acompanha o programa, que gerava uma guerra entre quem consumia ou não BBB. Seja pela movimentação da classe artística, que aderiu ao reality com a chance que ganhou com a possibilidade de participar, pelo espaço que ele ocupou nos lares diante de um cenário pandêmico ou simplesmente pelo fato de uma evolução na maneira de se pensar entretenimento televisivo.

O formato Camarote e Pipoca, que gerou burburinhos antes da estreia do BBB20, nada mais é que uma linguagem mais descolada daquilo que Silvio Santos já fizera na Casa dos Artistas 3, mesclando artistas e seus respectivos fãs.

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Se antes havia uma ala do Big Brother que estava relutante em confinar artistas pela responsabilidade que isso traria, em sempre trazer um elenco melhor que o outro, por exemplo, optou-se por apenas 50% do espaço a eles. E melhor, sem a responsabilidade de dizer que são artistas. A Globo sempre frisa que o Grupo Camarote é composto por convidados, afastando qualquer argumento de quem diga que não conhece esse ou aquele determinado participante.

Com isso, a emissora conseguiu cenas mais inusitadas. Seja pela clássica em ver seu ídolo como ele é na intimidade, pelas situações geradas entre eles com quem possa ser fã, e a grande mistura que agora se tornou o programa.

No ano passado, Boninho falou por mais de uma vez em seu Instagram em respostas a seguidores que o Big Brother irá pelo menos até a 24ª temporada. Internamente, não se discute mais se o programa terá fôlego. A própria Globo acredita que o reality ainda tem muita lenha para queimar por anos a fio.

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