Publicado em 17/03/2024 às 21:01:00,
atualizado em 17/03/2024 às 21:09:12
Carolina Ferraz contradisse o ex-jogador Robinho em uma entrevista exibida neste domingo (17) no programa Domingo Espetacular. Durante a conversa, o ex-atacante afirmou ter sido vítima de injustiça por parte da justiça italiana e que a suposta vítima não apresentava sinais de alteração no momento em que teria ocorrido o estupro.
"Eu fui condenado na Itália, de forma injusta, por nove anos, por algo que não aconteceu. Tenho todas as provas", declarou Robinho. "Uma moça se aproximou, conversamos brevemente e nos dirigimos para um local próximo, aberto e visível. Após esse breve contato, retornei para casa."
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"Em nenhum momento ela demonstrou alteração, não houve comportamento diferente. Temos até imagens dela dançando com outro rapaz [...] Ela me acusa de algo que, sem seu consentimento, seria considerado estupro coletivo. Se ela estivesse inconsciente, como alega, como teria lembrado de detalhes como a roupa, a marca do carro, e enviado mensagens para amigas? É impossível estar inconsciente e lembrar tantos detalhes, como os exames mostram que ela não estava embriagada", acrescentou.
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Foi nesse momento que Carolina Ferraz contestou: "Nenhuma prova isenta o ato em si, independentemente de ter ocorrido ou não o estupro. Mesmo que você tenha saído mais cedo, isso não significa que ela estivesse autorizando o que aconteceu", rebateu Carolina.
Robinho insistiu diversas vezes que não cometeu o estupro e tentou explicar os áudios capturados pela justiça italiana, nos quais ele admite ter tido relações sexuais sem o consentimento da vítima.
"Primeiramente, os áudios foram feitos um ano após o incidente. Naquele contexto dos áudios, estava conversando com pessoas que não são confiáveis, que não são meus amigos. Começaram falando sobre uma gravidez, depois mudaram para uma extorsão de 60 mil euros e eu ri. Minha risada não foi de deboche, foi para me livrar", explicou.
"A verdade é o que relatei no processo. Os áudios estão fora de contexto porque eu estava tentando me livrar de uma situação de extorsão", completou.
O Domingo Espetacular então contextualizou o assunto para os telespectadores. "Ela lembrou-se de ter feito sexo oral com Robinho e penetração com outra pessoa, e depois eles trocaram de posição. Nesse momento, Robinho pediu preservativo. O sêmen encontrado no exame foi do amigo e não de Robinho, pois ele usou preservativo", explicou Carolina Ferraz.
O ex-jogador argumentou que o julgamento da justiça italiana foi racista. Para ele, se fosse branco, o desfecho do julgamento seria diferente. Ele ressaltou que seus argumentos não foram levados em consideração pelos juízes italianos.
A apresentadora ouviu atentamente o ex-jogador e destacou uma questão importante. Ela ressaltou que vítimas de estupro podem levar anos para revelar que foram vítimas de violência sexual.
"É comum que vítimas de abuso demorem para denunciar. Há todo um contexto e o fato de ter demorado para denunciar não diminui a gravidade. Estou me colocando no lugar da vítima porque é uma situação muito séria", explicou.
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