Publicado em 26/01/2021 às 05:03:00
Cátia Fonseca está há três décadas na TV e durante 16 anos trabalhou na Gazeta. Desde 2018 na Band, a apresentadora é responsável pelo Melhor da Tarde, atração que se consolidou na faixa vespertina da emissora. Porém, a comunicadora é multifacetada e não descarta trabalhar em outros formatos na emissora.
“Como o Melhor da Tarde vai se modificando totalmente, a gente tá habituado a fazer isso [modificar]. Qualquer convite que a Band me fizer, para ter um programa que tenha o meu jeito, eu faço de boa, junto com o Melhor da Tarde e não teria problema nenhum, muito pelo contrário. Então eu estou aberta pra trabalhar. Na verdade, eu não sou Melhor da Tarde, eu sou Band. A gente sempre fala isso nas nossas reuniões, de uma forma geral, porque temos que fazer aquilo que é bom para o nosso público junto com a emissora que dá todo o suporte pra gente, nós somos Band e a gente faz o que tem que fazer pra, de fato, levar o que o público precisa”, afirma Cátia em entrevista exclusiva ao NaTelinha.
Fonseca atende a reportagem no período noturno, logo após um longo dia de trabalho. Seu tom de voz e postura é igual ao que apresenta no Melhor da Tarde, descartando qualquer tipo de personagem. Se na TV o público se acostumou com uma mulher franca e direta, na entrevista não foi diferente. Quando escuta a afirmação que seu programa se consolidou, enquanto outros não conseguiram ter o mesmo sucesso na faixa vespertina, ela demonstra contrariedade com a declaração.
“Não acho tão real falar que muitos programas, no horário vespertino, sofreram e não se consolidaram. Se a gente analisar as outras emissoras, mudanças sempre são feitas no estilo de programa e vai de acordo com a necessidade da emissora e do público. Também tem a necessidade dos apresentadores, que buscaram novas alternativas, como qualquer empresa e profissional. Então não concordo com isso que você disse”, diz firmemente.
Mas ela admite que o Melhor da Tarde tem um público fiel. Na visão de Cátia, esse prestígio faz parte de um plano bem elaborado e executado com muita dedicação por toda a equipe da atração em parceria com a direção da Band, que dá total liberdade para que as ideias dos profissionais sejam levadas para o ar.
“Trabalho, trabalho, trabalho. Eu acho que a Band proporciona pra mim, e também pra todos que estão ali, é uma parceria muito grande com o departamento artístico, com o departamento comercial e com o nosso programa, então é com o Rodrigo [diretor do programa], comigo e com a equipe toda. A gente decide junto os novos caminhos, o que vai ser feito de acordo com a necessidade da emissora, tanto de seguir caminhos da parte artística quanto da parte comercial e também com a nossa produção. Eu acho que o resultado que estamos tendo hoje é o resultado de uma grande união, que foi consolidada desde o primeiro dia que a gente foi lá, com a proposta que foi passada pra gente. A gente trabalha numa grande parceria, numa grande transparência. Não temos um programa fixo e isso é muito importante, porque vamos nos moldando conforme a gente vai vendo o que o público precisa e a gente vai linkando com toda a criatividade que a gente tem. Eu acho que, acima de tudo, o trabalho com criatividade faz a diferença e a gente não fica acomodado de forma alguma”, analisa.
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Cátia trabalhou durante 16 anos na Gazeta, comandando o Mulheres, que completou 40 anos no ar em 2020. Sua ida para a Band surpreendeu, porque ela estava deixando uma atração de sucesso para se arriscar a um novo projeto. A apresentadora explica quais motivos fizeram ela mudar de ares.
“Antes de mais nada, temos que pensar naquilo que é importante pra cada um, porque isso é uma situação bem individual. Eu tinha ficado 16 anos na Gazeta, no Mulheres, foi muito bom pra mim, mas eu precisava de coisas diferentes na minha vida. E a Band me trouxe uma proposta muito legal que não tinha como não aceitar. Consolidado ou não consolidado é uma coisa bem relativa. Eu acho que cada um tem o seu momento, né? Eu acho que a vida vai passando por alguns ciclos e você passa a buscar novas oportunidades, coisas diferentes pra fazer. E a Band, com toda a estrutura que ela tem, me permite fazer isso e com toda liberdade que eles dão pra gente fazer o que a gente quer. A gente até tinha fechado várias ações pelo país inteiro, a gente ia fazer o programa uma vez por mês em outras cidades, outros estados, porém, por conta da pandemia, a gente deixou pra fazer mais pra frente numa melhor condição. Nem no ano passado a gente teve, portanto, nem nesse ano deve ter também. Mas é isso: buscar novos desafios. Eu vivo disso, se eu não tiver totalmente feliz, 100% no que eu faço, aí não vale a pena e, se não vale a pena na vida da gente, temos que mudar. Então fui alçar novos voos, justamente buscando isso”, conta.
E sua passagem na Band permitiu que ela fosse descoberta por um novo público, mas também para estreitar uma amizade antiga com José Luiz Datena. Sempre dobrando com o jornalista entre o fim do Melhor da Tarde e começo do Brasil Urgente, a artista rasga elogios ao colega de emissora.
“A amizade que eu tenho com o Datena vem desde a Record. A gente trabalhou há 20 anos juntos, entre 1999 e 2000, e foi uma amizade. Naquela época já era bem legal, mas que cresceu demais agora. Agora ficar a vontade eu fico na vida, em qualquer lugar que eu estou. Como você mesmo disse, fiquei 16 anos na Gazeta e super a vontade. Cheguei na Band, fui recebida tão bem e eu já cheguei a vontade. A amizade com o Datena supera qualquer estar a vontade ou não. Eu sou muito transparente e o Datena também é. Se uma coisa é feita que um não gosta, a gente se fala e a gente acerta, como toda amizade tem que ser, como todo relacionamento tem que ser”, comenta.
“O mais gostoso da minha amizade com o Datena é justamente isso: é a lealdade que a gente tem um com o outro. A partir da minha chegada na Band, a gente foi convivendo mais, e de uma forma mais intensa, com a gente mais maduro e, com a oportunidade que a Band dá, a gente acabou vendo como somos muito parecidos em várias coisas, assim como o Rodrigo com a Matilde, com o Joel. E a gente sempre acaba tendo uma grande parceria com o Joel. Mas não é algo que a gente fala assim: ‘vamos fazer hoje assim, vamos fazer hoje assado’. Não, não é assim. Quando você, de fato, gosta de uma pessoa, eu sou muito assim e o Datena também é, a gente tem prazer em tá com quem a gente gosta. Então sempre que possível, a gente fala por telefone, a gente faz facetime, a gente conversa ao vivo, porque é real. Então isso é muito bom. Então ficar a vontade na vida é você tá feliz com você mesmo antes de mais nada. E você olhar para as pessoas que você gosta, eu acho que a pandemia também trouxe isso, a gente fala: ‘eu quero conviver cada vez mais com fulano, ciclano e beltrano’. As outras pessoas a gente deixa de fazer questão na vida da gente, porque não fizeram falta. Então é um balanço importante e o Datena é uma pessoa que quero levar pra minha vida inteira”, acrescenta.
A pandemia se iniciou em março e Cátia Fonseca passou a apresentar o Melhor da Tarde da sua casa. Durante 90 dias, a equipe da Band teve um pouco mais de trabalho para que a atração seguisse no ar e a apresentadora explica que tudo ocorreu graças a união dos profissionais envolvidos com o programa.
“Não foi só o programa que sofreu [com a pandemia], o mundo sofreu. Todas as profissões, não só as emissoras, mas a gente vê o mundo sofrendo e passando pela mesma coisa. Eu acho que, acima de tudo, a gente tem que ter empatia. A gente quando decidiu fazer o programa, a ideia foi do Rodrigo, da gente poder fazer o programa lá de casa. A gente conversou com a direção da Band e chegamos em um acordo que isso seria interessante ser feito, porque a própria Band estava fazendo home office com muitos profissionais que conseguiram trabalhar de casa. A gente já vinha, o Rodrigo e a engenharia técnica da Band, conversando sobre o sistema que a gente poderia usar, até pra fazer programas de outras cidades, como eu disse, ao vivo sempre jogando para o satélite, porque a gente sabe que o custo é muito alto. Então eles já vinham desenvolvendo isso antes da pandemia", conta Fonseca.
E continua: "Quando a gente fez aquela conversa com a direção da Band e decidiu que poderíamos fazer o programa, aí que vem mais um ponto legal, por isso volto naquilo sobre parceria e todos nós temos os mesmos objetivos e mesmos focos, toda a direção da Band, parte técnica, departamento artístico, Antonio Zimmerle, o próprio Johnny Saad, o André Aguera, falou o seguinte: ‘Bom, vamos ver se a gente vai conseguir, de fato, fazer com qualidade’. E a engenharia técnica da Band, junto com o Rodrigo, foi testando e analisando tudo que poderia ser feito pra gente conseguir fazer isso com excelência. Foi o que a gente fez. Mas não foi nada louco, até porque deixamos 10 programas gravados, pois acreditávamos que a pandemia com esse distanciamento iria durar 15, 20 dias. Esse trabalho foi feito em paralelo com o programa ao vivo. Se desse algum problema, a gente correria para o programa gravado. Mas o que foi mais fantástico acabou sendo que não foi preciso usar nem três minutos".
“Correu tudo muito bem, um trabalho de uma equipe maravilhosa. Esse lado da pandemia fez a gente perceber que essa história de ‘juntos somos mais fortes’ é uma grande verdade, porque a gente coloca isso em prática. Não tem nada que você fale assim: ‘Ah, você pretende fazer alguma coisa loucura?’ em algumas emissoras. Na Band, você diz: ‘Vamos fazer’. O mesmo vale para o departamento comercial. Quando a gente decidiu fazer em casa, fizemos reuniões, sentamos pra ver como iríamos fazer. A maior parte das pessoas que assistem ao programa não tem a menor noção da quantidade de gente que trabalha no departamento comercial, no PEC, pessoal do merchan, o tanto de gente que precisa para colocar o programa no ar. E a gente fez tudo sozinho, eu, Rodrigo e o Neri. Todos os clientes mandavam seus produtos, a gente deixou um quarto só para os clientes, a gente deixou no mesmo quarto uma arara com todas as roupas e a gente conquistou clientes que não faziam o Melhor da Tarde e não faziam Band. Isso foi muito bom, porque foi um trabalho que se fortaleceu na pandemia nessa união e a gente olhar na necessidade um do outro interna da própria empresa e ficar sempre atento a necessidade do público”, completa.
Por fazer o programa de casa, Cátia viu a demanda de trabalho crescer. Ela era responsável por limpar tudo depois e ainda precisava participar de reuniões para definir os próximos passos da produção.
“A gente fazia receitas que tinham ingredientes mais fáceis de serem encontrados, mais econômicos, eu mesma preparava, fazendo da presidência até a faxina em casa. Então a gente começava nove da manhã e terminava dez da noite, porque acabava o programa, tinha o momento faxina e de organização das coisas. Depois disso tudo, a gente tinha reunião entre a gente e com os clientes. Não que a pandemia foi boa, tá sendo terrível pra todo mundo e muita gente tá morrendo em função dela, mas a gente acordou para uma nova realidade e houve mais união na Band, algo que a gente já tinha, mas se fortaleceu com isso. Neste ponto, foi positivo pra gente e a gente tem crescido cada vez mais. Ficamos fazendo o programa de casa durante 90 dias”, diz.
Com a queda de casos do novo coronavírus, várias produções – não só no Brasil – começaram a voltar aos estúdios. Novelas da Globo e Record retomaram gravações, atrações de auditório encontraram métodos para que as atrações voltassem ao vivo e o Melhor da Tarde também preparou o terreno para reunir a equipe na Band.
“O retorno a Band também foi de uma reunião com a direção. A gente saiu [do estúdio] num momento que diziam que o distanciamento social era primordial, quando começou a abertura, a gente quis voltar pra ver como a gente também iria agir numa volta, porque era um mundo novo e continua sendo um mundo desconhecido. A gente, de fato, tá todo mundo junto. Pra ter uma ideia, ninguém da nossa produção pegou Covid. Nem da produção, nem o pessoal de cena, ninguém, porque a gente fez acordos entre nós que deveríamos seguir exatamente aquilo que estávamos pregando. Então foi o que a nossa produção e os nossos participantes do programa fizeram. Mais do que isso, sempre buscando, o que é nossa prioridade, o público. É ver o que a nossa maior parte do público quer, a gente sabe que esse momento de pandemia todo mundo tá fazendo a mesma coisa e a gente também, é de casa pro trabalho, do trabalho pra casa, é um triângulo. Agora a gente começou a fazer exercício na quadra do prédio com o nosso personal, é só isso que a gente faz. E a gente olha para o público e é só isso que eles estão fazendo”, declara.
“Então nós estamos sempre buscando reciclar o programa de acordo com o que a gente vê o que o público quer. Nesta última semana, por exemplo, a gente todo dia fez algo muito diferente no programa e é isso que nós queremos fazer sempre, algo que a gente sempre fez, mas antes podíamos levar as pessoas para o estúdio. Agora, com a pandemia, nós não vamos aglomerar e não levamos muita gente para o estúdio. Eu tenho saído pra fazer matérias, planeja algo pra fazer no estacionamento da Band, buscando sempre um conteúdo divertido, leve e, ao mesmo tempo, muito informativo, como tivemos hoje no programa daquela revista, que foi um sucesso gigante O Mundo Estranho durante muitos anos, e com o passar do tempo, as pessoas foram perdendo o hábito de comprar revista, em 2012, eles fizeram uma matéria falando sobre epidemia e pandemia. Os cientistas, naquela época, já diziam que a pandemia poderia acontecer. Então precisamos alertar nesse sentido. Mas também precisamos levar carinho, levar amor, levar cuidado com o nosso público, dá atenção, tanto que eu sempre respondo minhas redes sociais quando eu posso, porque gosto de ficar perto do meu público, eu sinto o carinho deles e isso nos dias mais complexos é o que me satisfaz, que dá um reboot de energia. A gente busca o melhor, o informar e divertir o público”, ressalta.
Quem acompanha o Melhor da Tarde, sabe que Cátia sempre gostou de realizar reportagens em externas. Entretanto, no ano passado, por causa da pandemia do novo coronavírus, a produção precisou se resguardar. Um período do programa foi feita na casa da apresentadora, enquanto a outra fase ocorreu nos estúdios da Band. Porém, desde o começo de 2021, a apresentadora já foi comprar pastel no estacionamento da emissora, “invadiu” Os Donos da Bola, ficou ao lado da sala de edição do canal e andou de moto por São Paulo após visitar o MIS (Museu da Imagem e do Som de São Paulo).
“Eu sempre fiz externas. Desde o primeiro dia que cheguei na Band, a ideia foi essa. A gente foi pra Recife, a gente foi pra Salvador, a gente fez várias em São Francisco Xavier, a gente foi pro Sul, pra Florianópolis, enfim, eu sempre fiz externas. A gente não fez ano passado por causa da pandemia, não que a gente não tenha esse ano, mas seria impossível de ser feito e a gente ficou 90 dias em casa. Então não teve como fazer muitas externas. Mas a gente tem uma produção maravilhosa que é como uma Ferrari, vai de zero a cem rapidinho. Só que, com a pandemia, tá todo mundo amarrado. A gente tá desamarrando pra poder saber o que podemos fazer, sair de fora da casinha, literalmente, pra gente mostrar um pouco mais de variedade dentro do Melhor da Tarde. Se a gente não pode sair pra muito longe, então a gente sai mais perto”, conta.
“O mais legal de tudo isso é levar diversão de verdade. Sexta (22) a gente foi pro MIS que tem lá uma exposição maravilhosa de John Lennon, então você vê fotos ali de um John Lennon que ninguém viu e é legal mostrar isso. E o combinado era que eu voltasse de motolink porque minha volta seria mais rápida, já que o trânsito de São Paulo é imprevisível e, nesse meio tempo, quando subi na moto, os meninos já falaram: ‘O tempo tá fechando’. Aí eu falei: ‘Deixa fechar’. E se chover? Eu falei que íamos na chuva e foi o que aconteceu. As pessoas quando tão na rua, elas não andam na chuva? Pois então, qual é o problema? Então eu sou de me jogar naquilo que eu gosto e não tem nada que me impeça de fazer as coisas. Muita gente perguntou se eu tive medo e eu falei: ‘Como vou ter medo? Eu tava com grandes profissionais ali’. Se eu tenho medo, se eu acho que algo pode me colocar em perigo, eu não faço. Não tenho o menor pudor em falar pra pessoa, pro Rodrigo, pra qualquer um e até pra própria Band o seguinte: ‘Olha, isso eu não vou fazer, porque não me sinto à vontade’. Só que ali eu estava com os melhores profissionais que fazem link todos os dias pro Datena, pro Brasil Urgente, pro Jornal da Band, pro Joel [Datena] de manhã, ou seja, são profissionais que trabalham justamente com isso dia e noite e não tem tempo ruim. Me senti totalmente segura e eu sabia que eles sabem o que estão fazendo, mais do que ninguém, eles sabem o que pode e o que não pode ser feito. Pra mim foi uma grande honra poder tá junto com eles e mostrar isso para o público, o quanto a gente tem que valorizar todos os profissionais”, acrescenta.
O banho de chuva chamou a atenção dos telespectadores e o retorno foi positivo nas redes sociais. “Eu recebi tantas mensagens legais nas redes sociais e muita gente dizendo isso: ‘Puxa, foi legal você ter feito isso e, ao mesmo tempo, a gente pensar nos motoboys, nos entregadores de aplicativos que estão, desde o início da pandemia, colocando-se a disposição da população’. Isso é uma grande verdade e muita gente deu várias dicas do que podemos fazer. Entendeu por que isso é mágico? É fazer pensando no público da gente. Quando a gente consegue ter essa afinidade, esse carinho do público e essa parceria, puxa vida, aí vem a primeira pergunta: você acha que eu deixaria de me jogar numa oportunidade dessa? De ficar mais perto de quem assiste, de quem gosta de mim, de quem me descobre depois de tantos anos? Muita gente diz: ‘Eu tava de férias e assisti o seu programa. Estou amando. Vou agora ver sempre pelo YouTube quando chegar em casa, porque no horário que vai ao ar, estou trabalhando’. Pô, não tem nada que pague isso pra gente”, comemora.
“Agora se o público vai acompanhar mais externas? Posso dizer que o público vai acompanhar um pouco mais de tudo. Mais externas, mais pautas diferentes do estúdio, de acordo com o que a gente vai vendo em relação a nossa pandemia. O que a gente puder fazer, a gente vai fazer. Sempre lembrando de levar diversão, de levar informação com o jornalismo, porque a Band é a emissora de jornalismo de credibilidade. Temos uma equipe muito unida com a gente, não existe rivalidade lá dentro e eu acho isso tão mágico, tão bonito, porque hoje a Andressa Guaraná, meu senhor, é uma mulher que... Nossa, o que Andressa trabalha na Band, o que ela corre de um lado para o outro... Vou te dizer, ela é uma grande executiva do jornalismo, junto com o Schneider. Eles fazem com que a gente se sinta parte desse contexto, então quando você liga e diz: ‘Andressa, preciso de você, porque você acompanhou todo esse momento com o João Dória. Vamos contar o que vocês viram e o que vocês perceberam?’ E ela desce pro estúdio onde a gente trabalha e mostra tudo isso. É muito bom, né? Posso dizer? O telespectador da Band e do Melhor da Tarde pode esperar tudo, sempre sabendo que estamos nos dedicando. Não só eu, o Rodrigo ou nossa produção, mas a empresa toda, a Band toda pra gente levar o melhor pra quem assiste a gente. Mais do que isso, é saber que tem muita dedicação, muito amor, muita união e a gente briga pelo telespectador pra levar aquilo que a gente sabe o que ele está querendo ver. E a gente vai levar o nosso melhor todos os dias”, afirma.
No Melhor da Tarde, Cátia não se intimida na hora de dar sua opinião sobre os mais diversos assuntos. Se você esperar que a apresentadora defenda político A ou B, esqueça. Ela garante que é justa e fará elogios quando for necessário, mas também desabafará quando sentir que algo não está certo. Por isso, a comunicadora não planeja, por enquanto, entrevistar políticos.
“Não tenho essa vontade de entrevistar políticos. Engraçado, uma coisa que é da minha característica e o Rodrigo é igual, a gente não é de planejar tipo ‘ah, agora temos que entrevistar fulano’. As coisas vão acontecendo e a gente vai seguindo o que a gente acha que tem a ver com o público da gente. Se algo tiver interessando o público da gente, e a gente precise entrevistar algum político, nada me impede de fazer. Mas o meu posicionamento não é como Cátia apresentadora, mas Cátia cidadã, a Cátia brasileira. E quando falo que não tem nada a ver com político A ou B, é porque, no meu ponto de vista, a gente vem de muito tempo assim”, explica.
“O que tá acontecendo agora é muito triste, mas a maior parte do não investimento em educação, saúde, segurança, cultura, em tanta coisa, formação profissional com acesso a todos e com qualidade, não vem desse governo somente, vem de todos os outros que já passaram. Eu não sou injusta e não gosto de ser injusta. Eu, como boa aquariana que sou, eu gosto da justiça, do correto, e eu posso gostar do candidato A, B ou C, mas eu vejo o lado positivo e negativo dele, de todos eles, como vejo das pessoas também. Quando eu falo no programa, eu tento falar como eu vejo a situação e abrir espaço para que as pessoas falem o que elas acham também, sem agressão, sem extremismo, porque a gente vive numa época muito extremista. Ou você tem que amar ou tem que odiar. Você não pode gostar de uma atitude de uma pessoa e detestar a outra pela mesma atitude. Quando eu falo no programa e nas minhas redes sociais, é justamente disso, nós precisamos ponderar. Nem todo mundo é só bom e nem todo mundo é só ruim, então temos que olhar o que as pessoas fazem de bom e o que elas fazem de ruim. Nosso país precisa disso, nós não podemos ficar só quem é do A aplaude só A, quem é do B aplaude só B, quem é do C aplaude só C, porque precisamos ser justos, a nossa população está sofrendo faz tempo e tá cada vez pior, veja só a pandemia que não me deixa mentir, e as pessoas passam cada vez mais fome. É terrível isso”, conclui.
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