Publicado em 02/10/2020 às 05:00:03
A segunda temporada do Top Chef Brasil, reality de culinária da Record, deixou o elenco com a emoção à flor da pele. Paralisada em função da pandemia de coronavírus, a competição termina nesta sexta-feira (2) após ter se tornado tábua de salvação para os participantes diretamente afetados pela crise provocada pela Covid-19.
Em entrevista ao NaTelinha, o apresentador do programa, Felipe Bronze, revelou como a suspensão dos trabalhos influenciou o desempenho dos candidatos até a decisão, entre entre César, Lara e Luciana, pelo prêmio de R$ 300 mil.
"Houve gente que voltou melhor da pandemia e houve quem voltou pior. Tenho certeza de que quem voltou pior foi porque aquilo passou a ser importante demais, não só pelo prêmio, que é reconhecido internacionalmente, mas pelo dinheiro mesmo, porque houve gente que perdeu emprego, fechou restaurante", comenta o apresentador e jurado da competição.
As gravações do Top Chef foram interrompidas pela Record e a produtora Floresta a partir do quinto episódio. Para não jogar fora todas as edições finalizadas, Bronze chegou a sugerir alterações drásticas na duração e no formato da competição, porém a equipe decidiu manter o cronograma estipulado, adotando medidas de higiene e segurança para proteger os jurados e os candidatos de um possível contágio por coronavírus.
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"Tivemos incertezas se o programa iria continuar ou não. Paramos em uma quarta-feira e sugeri que fôssemos até domingo, não tirássemos mais folga e eliminássemos um por dia, sem nenhuma gravação externa. O programa iria diminuir muito no tamanho, mas era uma maneira de garantir que a gente terminaria. Gravamos não com o mínimo de condições, mas com o máximo. A Floresta e a Record deram uma aula, me senti seguro o tempo inteiro e os participantes também. Todos foram testados todos os dias, e saíram no último dia sem ninguém ter Covid-19. Realmente, foi um negócio intenso", afirma.
A apreensão pela pandemia e a disputa acirrada pelo prêmio máximo aguçaram o tempero de um reality show como o Top Chef: a emoção. Chorão assumido, Felipe Bronze confessa não ter contido as lágrimas ao anunciar o campeão ou a campeã da competição.
"Foi uma temporada muito emocionante de fazer. O difícil mesmo foi segurar a emoção para encerrar o programa, porque foi uma maratona. Top Chef é como o Iron Man: corre, nada, pedala e não acaba nunca, é aquela coisa difícil. Começamos a gravar às 8h e terminamos às 2h da madrugada, uma loucura. Fui dormir umas 7h", revela.
Diferentemente de outros realities de culinária, Felipe Bronze ocupa uma dupla função no Top Chef. Ele apresenta e julga os pratos, ao lado do chef francês Emmanuel Bassoleil e da crítica gastronômica Ailin Aleixo. Para ele, a TV aberta soube trazer programas de identidades diferentes e, por isso, há espaço para todos, incluindo o de seu grande amigo Claude Troisgros, da Globo. Os dois participam juntos do The Taste Brasil, no canal pago GNT.
"Entramos mais ou menos juntos na TV. Ele me ligou para contar que iria apresentar o Mestre do Sabor, eu liguei para ele para contar que iria fazer o Top Chef. Gosto muito da companhia do Claude, quero estar com ele em qualquer coisa, seja velejando, seja cozinhando em casa, seja fazendo programa de televisão. Mas não só ele. [Érick] Jacquin [do MasterChef] é meu amigo, e um dos melhores amigos do Emmanuel Bassoleil. Não acho que a gastronomia entrou na televisão, a televisão que puxou a gastronomia. Ela está no dia a dia de todo mundo. Um ovo bem feito, arroz soltinho e feijão bem temperado é gastronomia", comenta.
A única função que Bronze rejeita ocupar no reality é a de "carrasco". O chef admite não ter vocação para esculachar candidatos e prefere ser sincero a destruir a carreira de um colega de profissão.
"Não sou assim por questão pessoal. Não trato meus cozinheiros assim, e tem um fato importante em cima disso: não sou um apresentador de TV fazendo papel de chef. Sou um chef, cozinheiro profissional, trabalho com isso há 20 anos, que está apresentando um programa. Não forçaria uma barra, inventaria um personagem, não seria grosseiro a troco de nada, porque aquilo ali é verdade", afirma, com uma ponderação: "Não tem nenhum carrasco, mas a Ailin é dura na queda. E o Emmanuel, quando não gosta, ele detesta".
Ao pesquisar por Felipe Bronze no Google, os primeiros resultados chamam a atenção. A maioria das buscas não é pelo Top Chef nem pelos restaurantes renomados do cozinheiro. O público quer saber se ele é casado ou se tem esposa. Surpreso com a curiosidade geral, ele reforça que, sim, é casado, mas não se considera um galã.
"A Cecilia [Aldaz], minha mulher, é muito conhecida também, foi eleita melhor sommelier do Brasil umas cinco vezes, trabalha no Oro [restaurante de Bronze], teve programa no +Globosat, é argentina de Mendoza. Temos um filho de seis anos. A gente fala pouco de vida pessoal mesmo para não misturar as estações", conta o cozinheiro, que se encontrou nas artes marciais até ser desejado por seu público na TV.
"Eu gostaria de ter essa autoestima. Malho, faço jiu-jitsu. Essa pandemia fez muito mal para o meu físico, engordei dez quilos. Depois, aos poucos, retomei alguns treinos. Sou vaidoso, mas não ao extremo", diz Bronze.
"Estar entre as finalistas do Top Chef, um título mundial, já é uma vitória gigantesca, mas pessoalmente significa autoprovação, saber que consigo chegar lá. Tenho aquela Síndrome do Impostor, pensava: 'Será que consigo chegar lá?', e cheguei. A prova mais desafiadora foi a da cozinha japonesa. Poucos sabem, mas sou uma das poucas mulheres não orientais a cozinhar no consulado japonês. Para realizar os cortes, precisa de muita técnica. Segurei a emoção para não tremer as mãos, precisava mostrar aos chefs que sabia fazer" (Lana Carolina)
"Como vou falar o que foi esse Top Chef para mim? Foi um sonho, um momento de muito aprendizado com os jurados, aproveitando as críticas e construindo isso em força para chegar à final. Tive um crescimento muito grande no decorrer desse reality, conquistei três Facas de Ouro, algumas vezes em destaque. O mais desafiador é vencer a si próprio, com foco, dedicação, saber administrar o tempo e manter a calma. O confinamento foi o meu momento de paz, e as provas pediam muita criatividade e técnica, mas o mais desafiador para mim foi manter a calma e conseguir chegar ao resultado final" (César Scolari)
Procurada, Luciana Berry não respondeu até a conclusão desta reportagem.
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