Publicado em 11/03/2020 às 14:59:00
Joel Datena falou nesta quarta-feira (11) sobre a chance do seu pai concorrer à prefeitura de São Paulo, durante almoço promovido na sede da Band para apresentar suas novidades no jornalismo à imprensa convidada. O apresentador foi confirmado ao lado de Laura Ferreira para comandar também o Bora Brasil e comentou que não apoia José Luiz Datena como político.
“Desde o início eu nunca apoiei isso pra ele. Respeito a opinião dele, como grande profissional, como pessoa, mas eu não queria isso pro meu pai e não apoio isso. Acho que dependemos de grandes políticos, dependemos da política, mas eu não queria isso pra ele. Não muda muita coisa no dia-a-dia no lado profissional, mas no lado filho sim, porque acaba tendo aquele sentimento que acabei de descrever”, confessou com exclusividade ao NaTelinha, presente no evento.
O apresentador acredita que seu pai pode ter muito mais sucesso dialogando com as pessoas pelo Brasil Urgente, mas que não será intolerante com Datena. “Eu acredito desta forma, mas se ele quiser seguir de outra maneira que eu penso, tenho que respeitar, porque as pessoas não devem seguir as coisas do jeito que a gente imagina”, declarou.
Joel explicou que pouco conversa com Datena sobre o trabalho para poder deixar a adrenalina do ao vivo de lado. “A gente fala muito pouco de questão profissional. É difícil a gente falar de trabalho, falamos muito de amenidade”, disse.
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Joel também falou das questões éticas no jornalismo e analisou o caso do Cidade Alerta, em que uma mãe descobriu sobre o assassinato da filha no ar. “Acho que o primeiro limite ético do jornalista precisa estar atrelado ao limite ético do ser humano. Quando a gente trabalha com ao vivo, há muitas chances das coisas darem errado. Às vezes alguém errou ali de colocar aquela situação no ar [no Cidade Alerta]. Eu não faria isso, mas poderia ser vítima de um acontecimento. Eu acredito nisso, que tenha acontecido naquele imediatismo, não necessariamente a pessoa fazendo com consciência, fazendo achando que aquilo seria legal, não só para as pessoas que estavam assistindo, mas para as famílias envolvidas. Então às vezes foi feito de bate-pronto, tudo muito rápido, então não conseguindo culpar as pessoas por isso”, afirmou.
“A gente aprende com as coisas ruins, esse foi um exemplo ruim que infelizmente aconteceu com eles e pode acontecer com a gente. Temos que trabalhar no dia-a-dia pra que isso não aconteça. Temos que respeitar sempre o lado humano”, acrescentou o apresentador.
Sobre o novo desafio, Joel está feliz em poder dialogar não apenas com os moradores de São Paulo, mas com todos os telespectadores do Brasil. “As responsabilidades são maiores. Desde o início, quando comecei a trabalhar em rede nacional, como por exemplo, no Brasil Urgente, eu tava com essa vontade do início do Bora SP em voltar a falar com o país todo, porque tinham pessoas que acompanhavam a gente e poderão nos acompanhar de novo. Então isso é um motivo de muita felicidade”, declarou.
“O Bora SP começou em agosto e vem sendo formatado até hoje. Hoje, o que eu posso falar com certeza é que a gente conseguiu dar uma cara interessante pra ele trabalhando muito com o ao vivo, trabalhando muito com o factual. Não é difícil pra gente passar um programa quase que 100% com ao vivo, dependendo do que acontece em São Paulo. Agora, essa ideia vai ser passada pro Bora Brasil. Algo que vem sendo formatado como eu disse. Vem evoluindo, vem crescendo, se consolidando e agora com uma magnitude ainda maior, a gente vai replicar o que fala no Bora SP no Bora Brasil”, ressaltou.
Joel Datena promete que o telejornal não ficará focado apenas em notícias ruins, pois a equipe procurará apresentar informações também que possam inspirar e alegrar os telespectadores.
“A ideia é fazer o programa não só no fator negativo, mas também os fatores positivos em outras partes do Brasil, como mostrar um ponto turístico lá em Recife ou no Rio Grande do Sul, a gente pode fazer muito bem um programa de lá, mostrando o que tem de bom no Brasil. Então terá coisas ruins, como o caso da Baixada Santista, mas não pode ser regra e não será regra”, explicou.
E esse desejo de falar com todo país surgiu da sua criação na periferia. O filho de Datena tem saído mais do estúdio para fazer coberturas na rua e ele não fica nem um pouco incomodado com esse seu novo momento.
“Desde sempre eu gostei de ter papo com o povo, gosto de ter contato com o povo. Eu venho do povo, já morei em periferia quando era adolescente e isso me faz falta. E ter a oportunidade de ficar perto dessas pessoas, da real realidade, não me faz melhor apenas como jornalista, profissional, como apresentador, mas também como gente, como pessoa”, revelou.
Mas ele garante que há muita cobrança da população para essas situações ruins passarem na televisão para que os políticos saibam os desejos das pessoas. “Cobram, com certeza. Esses problemas que atingem veementemente a cidade são os casos que precisamos tratar com maior imediatismo e essa cobrança vem diariamente, porque as pessoas vêm e falam: ‘Tô com esse perrengue, tô com esse problema na estação tá’. Não só com transporte público, mas também na área de saúde, de segurança, de educação”.
Considerado substituto natural de Datena, Joel não cria planos sobre o tema, pois deixa a decisão nas mãos da direção da Band. “Isso depende da emissora colocar essa responsabilidade na gente, sou funcionário aqui. Tudo que meus chefes colocam pra gente, colocam pra mim, eu sou obrigado por gratidão e pela questão profissional de fazer o meu melhor. Então, eu prefiro esperar e não estou pensando nisso. Eu diria que é algo distante da realidade”, posicionou-se.
Enquanto a decisão do seu pai não ocorre em sobre concorrer ao cargo de prefeito de São Paulo, Joel continua focado no Bora SP e no Bora Brasil. Ele detalhou como se prepara para apresentar os telejornais.
“A gente se prepara todo dia, principalmente no dia anterior pegando as notícias, assistindo concorrência, se informando não apenas com a leitura, mas também em podcast. Cada profissional tem a sua ferramenta e tática para se informar. Mas além das notícias que você capta no dia-a-dia pra replicar no outro dia com excelência, eu chego muito cedo aqui. O jornal entra as 07h, eu chego antes das 05h, sento e tomo conhecimento das notícias que acontecem durante a noite e madrugada, e vejo as matérias que precisam ser triadas, que devem ser reposicionadas. Você precisa se preparar”, disse o comunicador.
A Band promete que o Bora Brasil terá o mesmo estilo que o Bora São Paulo, apostando em temas urbanos, prestação de serviço e os fatos mais importantes da noite anterior e início da manhã.
A ideia é também manter a interação com o público, utilizando um telão de LED no cenário, no qual os apresentadores receberão mensagens, vídeos e fotos do público e poderão ler ao vivo.
Antes dos dois programas, a emissora começará o seu jornalismo bem mais cedo, às 03h45, com João Paulo Vergueiro no Primeiro Jornal.
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