Publicado em 22/08/2019 às 04:57:13
Ana Paula Padrão, 53, promete que a final da sexta temporada do "MasterChef Brasil" no próximo domingo (25), na Band, terá muita emoção e surpresas, como mudanças no formato do reality que será decidido entre Lorena e Rodrigo.
"O público vai ver um pouco mais de bastidor e eu estou preparada para fazer coisas que não fiz nas outras finais", revelou a apresentadora em entrevista exclusiva ao NaTelinha.
Sobre a competição culinária deste ano ser exibida aos domingos, ao invés das terças-feiras, a jornalista analisa que o "MasterChef" estava maduro para apostar no dia mais competitivo da televisão. Porém, de acordo com Ana Paula, TV é hábito e que por isso houve reclamações do público.
"Eu comparo assim comigo: Quando eu deixei o jornalismo, fiquei fora da TV por um tempo e quando voltei, voltei para o entretenimento. Muita gente me disse assim: 'Não, a gente adorava você no jornalismo'. 'Por que você veio para o entretenimento?'. 'Adorávamos seu cabelo chanel. 'Por que deixou o cabelo crescer?'. E hoje, cinco anos depois, as pessoas nem lembram que um dia estive numa bancada de telejornal e cabelo chanel. Eu acho que o hábito faz o monge, nesse caso", explica.
VEJA TAMBÉM
Após 30 anos no telejornalismo, cinco deles como âncora do "Jornal da Globo", além de passagens por SBT e Record na mesma função em seus informativos, Ana Paula Padrão descarta qualquer possibilidade de retorno aos jornalísticos diários.
"Não, eu não quero voltar para as bancadas do telejornais. Não, eu não quero nem voltar para o jornalismo diário. Isso é um decisão na minha vida. Eu fui para outro lado, joguei minha carreira para outro sentido e pode ser que eu até mude de carreira no futuro. Mas não será para voltar ao telejornalismo, de maneira nenhuma", esclarece a apresentadora do "MasterChef".
À reportagem, ela nega as informações de que teria se oferecido para comandar o "Jornal da Band", após a morte de Ricardo Boechat, em fevereiro, e completa: "Isso nunca aconteceu, eu não sei de onde saiu e eu não tenho a menor ideia. Mas eu vou dizer aqui o que venho dizendo nos últimos seis anos da minha vida: Eu não quero o telejornalismo diário mais. Foi um tempo maravilhoso para minha vida".
E continua: "Investi 30 anos no telejornalismo, mas quando eu decidi ir embora eu tinha muita certeza disso e não tive, de lá pra cá, nenhum motivo grande suficiente para mudar de ideia".
Quais as principais peculiaridades desta edição em relação às outras temporadas?
Ana Paula Padrão - Foi uma edição de pessoas muitas complexas. Os participantes não eram participantes fáceis. Não tínhamos uma pessoa muito boazinha e uma pessoa muito malvada ou uma pessoa muito simpática e uma muita antipática. Todas tinham muitas camadas e nuances. Isso dificulta um pouco a gente entender e começar a gostar e começar a não gostar deles. Eu mesma fiquei até o fim sem saber quem iria para a final e o que esperar deles no próximo episódio. Acho que foi uma edição mais difícil, mais densa e complexa. Talvez porque eles já tenham vindo muito blindados. Depois de 10 edições você vai acompanhando o programa e vai pegando as manhas. Vai sabendo o que você tem que fazer pra ficar mais tempo, para enganar os outros participantes com relação ao seu potencial ou sobre a sua personalidade. Enfim, acho que eles vieram bem mais preparados desta vez.
O que o público pode aguardar da grande final?
Ana Paula Padrão - Muita emoção. Acho que a Lorena já seria um motivo por si só. O Rodrigo está num momento que ele precisa abrir um pouco mais o coração se ele quiser transmitir emoção com a comida. A gente vai ter um público muito dividido. Também vamos ter muitas alterações no formato da final. Teremos novidades esse ano. O publico vai ver um pouco mais de bastidor eu estou preparada para fazer coisas que não fiz nas outras finais. E se eu fosse você não perdia.
Lamenta a eliminação de algum participante desta temporada? Por quê?
Ana Paula Padrão - Eu sempre fico tocada com algumas eliminações. Ou porque eu acho que são pessoas muitos talentosas, ou porque eu vi que iriam tropeçar em algum lugar e ai de fato tropeçaram, ou porque a gente deseja o bem mesmo pra essas pessoas. O Eduardo ter ido embora me deixou triste. Não porque eu não goste do Rodrigo e da Lorena, pelo contrário, gosto muito dos dois e acho que é a melhor final que podíamos ter, mas porque o Eduardo é um cara que tem muita dificuldade de aceitar não ganhar as coisas. A questão não competir com o outro e ganhar do outro. E competir e ganhar deles mesmo.
E quando você vê uma pessoa que sofre tanto por causa disso a gente fica com dó, fica sentido e quer fazer alguma coisa por ele. Eu sinceramente espero que o Eduardo se abrace mais daqui pra frente e que seja muito feliz. Ele é tão competente, um cozinheiro tão bom, que fiquei sentida. Mas também fiquei sentida quando a Haila foi embora, aquela menina sonhadora que eu espero que tenha um futuro incrível, e o Helton, que também um garoto muito novo, mas que obviamente, tem um talento incrível e que será um grande chef. Quanto mais velha eu fico, mas manteiga derretida eu fico, sabe (risos).
Qual as principais qualidades e fraquezas de Lorena e Rodrigo na cozinha?
Ana Paula Padrão - Pra mim é mais difícil falar da cozinha porque eu não provo todos os pratos. Com relação com que eu consigo ver e avaliar, eu acho que a Lorena é uma mulher feita, que sabe onde tá e sabe onde quer chegar e saber usar seu melhor pra impressionar as outras pessoas. Tanto na cozinha como na maneira de lidar com as pessoas, sorrir e ser simpática. Isso são vantagens muito importantes numa competição como o "MasterChef". O Rodrigo fez exatamente o contrário. Ele é mais expansivo do que parece, ele é mais alegre do que parece e mais sensível do que parece. Mas ele escondeu tudo isso para passar despercebido, digamos assim, e conseguir estabelecer essa tática pra chegar a final.
Então, acho que os dois têm qualidades bastante importantes para um programa como o "MasterChef" que não é só cozinha é também um jogo. Eu acho que eles têm estilos muito diferentes. Agora se eles esconderam o jogo até aqui, vai saber o que podemos esperar da grande final no domingo. Talvez estejam escondendo o jogo até agora e vamos ver coisas que não vimos ainda. Por isso eu não aposto, realmente, para lado nenhum porque eu acho que posso perder. 50-50 de chances.
Após a estreia do "MasterChef", a TV brasileira sofreu uma invasão de realities culinários. Como você analisa essa movimentação?
Ana Paula Padrão - Claro que eu acho que o "MasterChef" inspirou muito a TV de maneira geral e deu, a TV aberta principalmente, coragem para apostar em formatos que antes não eram sucesso no Brasil, como os realities de culinárias por exemplo. Mas eu acho que o Brasil também como sociedade tava madura para absorver esses produtos. Até bem pouco tempo, era um país tão pobre que não dava pra pensar em sofisticação na hora de comer. Comer era matar a fome e ponto final. Agora não.
Agora que somos um país de classe média que todo mundo que cozinha em casa, as donas de casa, as pessoas que fazem isso como hobby, as pessoas que moram sozinhas e as pessoas que querem agradar a família, elas passaram a destinar uma parte da renda para comprar produtos mais sofisticados e aprender receitas um pouco mais difíceis.
Então eu acho que a gente estava pronto para ver um programa de culinária e absorver o melhor disso. Não é só porque é um jogo, e é um jogo tão democrático que você pode ter na sala um menino de 8 anos e o vovô de 80, e porque as pessoas gostam de ver as outras cozinhando e se inspiram naquilo pra fazer o prato da refeição seguinte. E pra isso, claro, você precisa comprar os ingredientes. E a gente já podia como nação pensar nisso.
Tanto que o "MasterChef" é um formato faz um sucesso em outro países, há mais de 20 anos, e só chegou aqui quando a tínhamos maturidade para assistir.
O que faz o "MasterChef" ser até hoje uma das maiores audiências da Band?
Ana Paula Padrão - Vários motivos. Tem algumas teorias sobre sucesso. O que é sucesso em qualquer setor da vida? Sucesso é quando você tem um monte de coisas que podem dar errado e todas essas coisas que poderiam dar errado, dão certo. E TV é igualzinho.
Às vezes você tem um produto maravilhoso, um formato incrível, mas você não consegue um elenco adequado. Às vezes você tem um elenco maravilhoso mas você não tem o formato perfeito. Às vezes você tem o elenco e o formato e você põe no horário errado. Às vezes tá no horário certo, o elenco é muito bom, o formato é muito bom, mas a produção é pobre e aí não adianta nada. Às vezes você tem tudo isso e todos os participantes do elenco brigam um com o outro. E aí você tem um clima que passa para o telespectador que ela sabe que é ruim e tem antipatia do produto.
Ou seja, tudo tem que dá certo. E aqui deu tudo certo. A Band teve coragem de apostar. Acho que isso é o principal. Outra coisa que eu acho que foi muito lúcida e muito visionária na Band foi ter apostado na outra tela, numa outra plataforma, como forma de fazer parceria e alavancar o "MasterChef". Então o fato, desde a primeira edição, ter apostado em andar de mão dadas com as redes sociais fez muito bem ao produto. Porquê alavancou o produto e naquele momento, há mais de cinco anos, muitas TVs abertas diziam que a internet era uma competidora e não uma aliada. Eu acho que apostar nisso, desde o inicio, fez bem e ajudou o sucesso vir mais rápido.
Como você analisa o desempenho do programa aos domingos? Você acha que deveria retornas para as terças?
Ana Paula Padrão - Eu acho que estávamos maduros para apostar num mercado um pouco mais competitivo como o domingo. Eu acho que muita gente sentiu falta do produto na terça porque TV é hábito. E o programa já estava há mais de quatro anos às terças-feiras e naquele mesmo horário.
De um lado de tinha muita gente que reclamava que o "MasterChef" ia ao ar muito tarde porque era terça-feira. De outro lado, sentiu falta por causa do hábito. Quando o hábito cria fica difícil de você tirar. Eu comparo assim comigo: Quando eu deixei o jornalismo, fiquei fora da TV por um tempo e quando voltei, voltei para o entretenimento. Muita gente me disse assim: 'Não, a gente adorava você no jornalismo.Por que você veio para o entretenimento?'. 'Adorávamos seu cabelo chanel. Por que deixou o cabelo crescer?'. E hoje, cinco anos depois, as pessoas nem lembram que um dia estive numa bancada de telejornal e tive cabelo chanel. Eu acho que o hábito faz o monge, nesse caso.
Então, depende do que você quer do produto. E eu não sou nem diretora do produto e nem da Band, mas eu acho que dependendo do que você quer do produto, tem que escolher um dia e outro, um horário e outro. O importante é que o produto seja bom, e ele é.
Você concedeu algumas entrevistas dizendo que não pretende voltar para a bancada de telejornais. Porém, saiu na imprensa que você tinha aceitado comandar o "Jornal da Band" enquanto a emissora definisse o nome definitivo para substituir Ricardo Boechat. Caso proceda, como foi os bastidores dessa decisão?
Ana Paula Padrão - Você tem duas alternativas nesse caso. Uma é acreditar em mim que nunca menti publicamente sobre nenhum assunto pra ninguém, posso até não dizer coisas que eu sei, mas mentir eu não minto. Ou dois, acreditar no que você mesmo disse que foi publicado na imprensa. Não, eu não quero voltar para as bancadas do telejornais. Não, eu não quero nem voltar para o jornalismo diário. Isso é um decisão na minha vida. Eu fui para outro lado, joguei minha carreira para outro sentido e pode ser que eu até mude de carreira no futuro. Mas não será para voltar ao telejornalismo, de maneira nenhuma.
Isso nunca aconteceu, eu não sei de onde saiu e eu não tenho a menor ideia. Mas eu vou dizer aqui o que venho dizendo nos últimos seis anos da minha vida: Eu não quero o telejornalismo diário mais. Foi um tempo maravilhoso para minha vida. Investi 30 anos no telejornalismo, mas quando eu decidi ir embora eu tinha muita certeza disso e não tive, de lá pra cá, nenhum motivo grande suficiente para mudar de ideia.
Como está sendo a formatação do seu novo reality show na Band com jornalistas? Pode anunciar alguma novidade?
Ana Paula Padrão - Se eu tivesse eu anunciava (risos). Por enquanto temos um pré-formato, uma boa ideia e um produto que viria num momento adequado. Mas não sei se ele virá e nem quando virá. Não entrei profundamente nele até agora. Estou com bastante trabalho, porque além do "MasterChef", tem o "MasterChef Para Tudo" também, mas assim que a gente conversa mais formalmente aqui dentro (Band) sobre o projeto, eu também vou começar a falar sobre ele.
Vilã não morreu
Mulheres de Areia: Isaura tem reencontro emocionante com Raquel
Estreou na TV aos 7
Lembra dele? Ex-ator mirim, Matheus Costa virou galã e bomba na web
Vem aí
Exclusivo
Casa nova
Vem aí?
Tragédia
Não quis falar
Paulo Rocha
No Fofocalizando
Grave
1 mês no ar
Transformação
Bastidores da Globo
Na Band
Fake news?
Sermão
BBB 25
Sonho
Ponto final
DR ao vivo
Corajoso