Publicado em 25/11/2023 às 19:05:00
Após o terrível ano de 2020, em que muitos brasileiros começaram a morrer por causa da pandemia da covid-19 e isso se estendeu por pelo menos dois anos, o número de mortes diminuiu. A partir de 2023, no entanto, há pessoas falecendo de morte súbita, inclusive alguns famosos e lançou-se a fake news de que teria relação com as vacinas. Na verdade, o número de infartos e óbitos por problemas cardíacos são sequelas do coronavírus, segundo os especialistas.
O NaTelinha conversou com exclusividade com o Dr. Sérvio Túlio, que é cardiologista do Hospital Badim, no Rio de Janeiro e ele deu detalhes sobre o assunto. Ele foi logo questionado sobre as mortes súbitas e questionando se é possível relacionar o aumento dos casos por conta da pandemia.
"Na verdade, o que vemos é uma mudança de foco de todas as pessoas, passamos um trauma muito grande com o COVID e todos passaram a valorizar mais a saúde e a estarem mais atentos a doenças que geram morte súbita e parada cardíaca. O infarto é uma delas", afirma.
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O médico também garante que, embora haja fake news espalhadas sobre as vacinas, elas são seguras e recomendáveis. "Sim, as vacinas são seguras e recomendáveis; não devemos nos ater a fake news e sim, à Ciência. Lógico que toda qualquer vacina pode ter efeito colateral, porém, indiscutivelmente, os benefícios compensam os riscos".
Questionado sobre estudos que indicam que quem teve covid-19 pode enfrentar problemas cardíacos e até ser vítima de morte súbita, o doutor Sérvio Túlio vai além e traz detalhes. "O COVID-19 pode gerar miocardite (inflamação no músculo do coração), sequelas pulmonares e até mesmo o estado pró-trombótico (capaz de gerar coágulos no organismo). Essas condições podem aumentar o risco de morte súbita. Mas isto é uma sequela da doença e não necessariamente da vacinação. Porém, estudos mais aprofundados estão sendo realizados no sentido de comprovar todas essas questões", garante.
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Embora a pandemia tenha acabado, ainda há mortes, tanto de covid-19 quanto de sequelas e, segundo ele, não há como saber por quanto tempo continuarão a ocorrer óbitos relacionados à doença. "Não temos uma data específica, lógico que quanto mais tempo passamos da doença, menor será a probabilidade de sequelas que gerem complicações".
Por fim, o médico mostra que é possível prevenir e evitar casos de mortes desse tipo. "Para podermos prever algo assim, devemos fazer um check-up cardiológico com exames do coração e de sangue, o que nos ajudará a termos mais segurança de que não estamos com nenhuma sequela significativa"
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