Publicado em 01/11/2024 às 18:45:00
Nesta sexta-feira (1º), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou publicamente seu apoio à candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris. Em entrevista ao canal de televisão francês TF1, o líder brasileiro enfatizou a importância de uma vitória de Harris sobre o ex-presidente republicano Donald Trump, especialmente em nome da democracia.
“Acredito que, com Kamala Harris, será muito mais seguro fortalecer a democracia”, declarou Lula. Ele se referiu ao ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021 como um ponto de ruptura para a democracia americana, criticando a postura de Trump ao final de seu mandato. Segundo o presidente brasileiro, o episódio expôs a fragilidade de um sistema que se apresenta como modelo democrático global. “Esse modelo ruiu”, afirmou, relembrando a invasão do Capitólio por apoiadores de Trump, um episódio amplamente condenado internacionalmente.
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Lula também destacou a necessidade de combater o discurso de ódio e a disseminação de mentiras que, segundo ele, têm se espalhado não apenas nos Estados Unidos, mas também na Europa e na América Latina. Para o presidente brasileiro, a onda de desinformação e os discursos extremistas representam uma reedição moderna de ideologias autoritárias como o nazismo e o fascismo. “Nós, agora, temos o ódio destilado todo santo dia. Não apenas nos Estados Unidos, mas na Europa, na América Latina, em vários países no mundo”, pontuou Lula, deixando clara sua preocupação com o avanço dessas ideologias.
Essa não é a primeira vez que Lula manifesta apoio a um candidato democrata nos Estados Unidos. Em junho deste ano, ele já havia apoiado a candidatura à reeleição de Joe Biden, então presidente e rival de Trump. Na época, Lula expressou que a continuidade de Biden na Casa Branca representaria uma garantia de estabilidade democrática e de manutenção de relações sólidas entre os EUA e o Brasil. No entanto, com a desistência de Biden da corrida presidencial em julho, Kamala Harris assumiu a candidatura democrata, confrontando agora Trump, que tenta retornar à presidência.
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As pesquisas mais recentes indicam uma disputa acirrada entre Harris e Trump, com ambos empatados dentro da margem de erro nos sete estados decisivos. A expectativa é de que a eleição será uma das mais concorridas e polarizadas dos últimos tempos, com um clima de tensão envolvendo eleitores e uma forte pressão internacional para que o pleito se mantenha pacífico.
Ao fim de sua entrevista, Lula frisou que sua torcida por Kamala Harris vem de seu compromisso como “amante da democracia”, e que, embora não goste de opinar sobre eleições de outros países, considera essencial apoiar quem, em sua visão, representa a continuidade dos valores democráticos globais.
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