Dia tenso

Polícia Federal apreende passaporte de Bolsonaro e prende aliados do ex-presidente

Bolsonaro não poderá sair do país

Bolsonaro teve o passaporte apreendido - Foto: Reprodução/Internet
Por Redação NT

Publicado em 08/02/2024 às 13:10:00,
atualizado em 08/02/2024 às 14:27:30

A Polícia Federal realizou uma operação de busca e apreensão no escritório do ex-presidente Jair Bolsonaro, localizado na sede do Partido Liberal (PL) na capital federal. Durante a ação, os agentes apreenderam o passaporte do ex-presidente, confirmado pelo advogado Paulo Bueno.

A medida foi tomada no contexto de uma investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. Segundo informações, a PF está apurando um plano que visava manter Bolsonaro no poder por meio de uma minuta golpista.

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Essa minuta previa a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

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A decisão para apreender o passaporte de Bolsonaro foi embasada na análise de Alexandre de Moraes, que lidera a operação deflagrada hoje. O ex-presidente e todos os demais alvos da ação estão proibidos de se comunicar com os demais investigados.

A PF segue investigando os detalhes desse suposto plano e as conexões entre os envolvidos. A situação é delicada e requer atenção das autoridades para preservar a estabilidade institucional do país.

Além de Bolsonaro, estão entre os alvos de buscas na operação da PF:

Entenda a operação da Polícia Federal

A Polícia Federal executa 33 ordens de busca e apreensão, quatro ordens de prisão preventiva e 48 providências cautelares distintas da prisão, emitidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

Segundo a apuração da CNN Brasill, neste estágio da Operação Tempus Veritatis, as averiguações indicam que o grupo investigado se segmentou em núcleos de atuação para difundir a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de forma a possibilitar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.

O primeiro eixo consistiu na elaboração e propagação da versão de fraude nas eleições de 2022, por meio da divulgação enganosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022.

A CNN Brasil ainda destacou que o segundo eixo de atuação consistiu na realização de atos para fundamentar a abolição do Estado Democrático de Direito, mediante um golpe de Estado, com respaldo de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no cenário politicamente delicado. O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados, em auxílio à Polícia Federal.



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