Band revela lista de nomes que teriam sido espionados pela Abin paralela no governo Bolsonaro
Lista inclui nomes chocantes entre os espionados pela Abin paralela

Publicado em 02/02/2024 às 21:58
A investigação conduzida pela Polícia Federal trouxe à luz um aumento significativo na lista de figuras públicas monitoradas pela chamada "Abin paralela". Ministros do governo de Jair Bolsonaro, deputados federais, senadores e até mesmo governadores foram alvos desse programa clandestino de vigilância, conforme revelado por fontes ligadas à investigação.
De acordo com notícias dadas nesta sexta-feira (2) pela Band, entre as autoridades rastreadas de forma ilegal pela Abin paralela, destacam-se ministros proeminentes, incluindo Abraham Weintraub (Educação), Anderson Torres (Justiça), Flavia Arruda (Secretaria de Governo) e o ex-ministro Carlos Alberto dos Santos Cruz. Além disso, parlamentares que anteriormente apoiaram Bolsonaro, como Kim Kataguiri e Alexandre Frota, também tiveram suas atividades monitoradas.
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O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, não escapou da vigilância. Senadores que integraram a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Covid, como Otto Alencar, Rogério Carvalho e Renan Calheiros, também constam na extensa lista de indivíduos monitorados.
O processo de investigação foi meticuloso, envolvendo o rastreamento de números de telefone associados aos alvos. Mais de 60 mil acessos foram registrados através do programa espião, revelando a amplitude do monitoramento.
Governadores também foram alvo da Abin paralela. Nomes como João Dória (São Paulo) e Camilo Santana (Ceará) foram identificados. Surpreendentemente, até o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto Barroso, teve suas comunicações monitoradas, juntando-se a outros membros da corte, como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.
As investigações apontam Alexandre Ramagem, delegado da Polícia Federal e ex-diretor da Abin, como o responsável pelo comando do monitoramento ilegal. No entanto, alegações também mencionam **Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, como o líder do esquema. Ambos negaram envolvimento e ainda não foram ouvidos pela Polícia Federal.