Publicado em 22/08/2023 às 20:25:00
O presidente da CPI dos Atos Golpistas, o deputado Arthur Maia (União Brasil) adiou a sessão do comitê agendada para esta terça-feira (22). Tudo porque aconteceu um barraco de proporções épicas envolvendo a possibilidade da quebra de sigilos da deputada federal Carla Zambelli (PL).
O líder parlamentar fundamentou sua decisão na ausência de um consenso entre os congressistas da base governista e os membros da oposição em relação à votação de pedidos de quebra de sigilo e convocações de indivíduos. Arthur Maia relatou que durante uma reunião preliminar, as tensões entre os parlamentares se acentuaram, prejudicando a possibilidade de um entendimento mútuo.
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Embora o acesso da imprensa à reunião tenha sido vetado, foi perceptível a ocorrência de discussões fervorosas entre os parlamentares em diversos momentos. "Não consegui chegar a um acordo entre a base e a oposição hoje. O clima está demasiado tenso", disse Arthur Maia ao concluir a reunião preliminar com seus colegas.
Ele justificou o cancelamento da sessão programada para hoje, salientando que acredita na viabilidade de um acordo, assim como ocorreu em ocasiões anteriores. Entretanto, este dia não foi propício para tal entendimento. "Sem acordo, não há condições de proceder com qualquer votação", acrescentou o presidente da CPI.
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Antes de decidir pelo cancelamento da sessão originalmente planejada para as 9h, Arthur Maia já havia adiado o início dos trabalhos em duas ocasiões.
Na próxima quinta-feira (24), a CPI pretende tomar o depoimento de um membro das forças armadas que atuou sob Mauro Cid, assistente de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Um dos pontos de divergência durante a reunião foi a questão da quebra de sigilo da deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP). De acordo com Arthur Maia, os parlamentares da base governista defendiam essa medida, enquanto os membros da oposição eram a favor apenas da convocação de Zambelli.
Na semana passada, durante seu depoimento à CPI, o hacker Walter Delgatti alegou que Zambelli intermediou um encontro entre ele e o então presidente Jair Bolsonaro em agosto de 2022, no Palácio da Alvorada. Delgatti também afirmou que, durante esse encontro, Bolsonaro teria questionado a possibilidade de invadir urnas eletrônicas.
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